EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO
O Governo do Estado realizou nesta quinta-feira (30 uma nova reunião com os policiais penais, que estão com movimento grevista suspenso após reiniciar as negociações por equiparação salarial com as demais forças de segurança. No entanto, a reunião acabou no “zero a zero” e a proposta anterior de reajuste salarial em 15% foi retirada da mesa.
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, recebeu o presidente do Sindicato dos Policiais Penais (Sindispen), Amaury Benedito, e o deputado estadual João Batista, que é policial penal, na reunião desta quinta.
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Para o deputado João Batista, ainda que a proposta de aumento salarial tenha sido zerada, não foi uma derrota. Na reunião de hoje, as negociações avançaram em outros pontos: vale-alimentação, auxílio-fardamento e melhoria nos locais de trabalho.
“Eu não considero uma derrota. Eu ainda acho que há um espaço para o Sindicato ter uma vitória muito maior do que estava se desenhando. Eu acredito que está chegando um momento de mais tranquilidade, acredito que o sindicato, junto com a categoria, vai se aproximar mais das secretarias de Segurança e Casa Civil e nos próximos meses deve haver alguma coisa positiva para categoria”, afirmou o parlamentar.
Na última semana, o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, comentou sobre a possibilidade de terceirizar o trabalho dos policiais penais nos presídios mato-grossenses, caso a greve fosse retomada. No entanto, de acordo com o presidente do Sindispen, Amaury Benedito, essa possibilidade não existe.
“Isso não prospera. Não tem como acontecer, porque nós somos uma carreira de área finalística, uma atividade-fim. Então, juridicamente, não tem como”, explicou.
Durante o movimento grevista, também houve corte de ponto de servidores que se negaram a receber novos presidiários, por decisão judicial. O Estado só vai “devolver” o pagamento se o Sindispen conseguir decisão favorável no judiciário.
“O secretário Mauro Carvalho deixou bem claro que toda decisão judicial que aparecer será cumprida e, se a categoria conseguir uma ação positiva no judiciário, vindo a decisão ele devolve o ponto do pessoal”.
Apesar de zerada a proposta de aumento salarial, Amaury afirma que “a esperança é a última que morre”.
“É possível resolver, porque a esperança é a última que morre. A nossa categoria sempre foi marcada por essas questões de luta, tudo foi conquistado com muita luta. Nós vamos insistir na negociação, porque esse é o cenário que está sendo construído. Vamos pegar tudo que foi passado aqui e discutir em assembleia com os servidores”.
Uma nova reunião ficou pré-agendada para 8 de março.