CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
A defesa de Cícero Leandro de Brito Silva, acusado de ter matado com pelo menos 20 facadas o gerente comercial Leandro Alves de Teles, pediu a liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF) alegando a greve dos policiais penais em Mato Grosso.
O novo pedido de liberdade foi feito em 30 de dezembro e pretende análise do caso de forma urgente. No entanto, ainda não foi analisado pelo ministro Luis Roberto Barroso.
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Segundo o advogado Tiago José Lipsch, que faz a defesa de Cícero, mesmo com a greve tendo sido deflagrada em 16 de dezembro, desde o início do mês ele já não tinha contato com o cliente. A defesa alegou que precisava orientar Cícero sobre uma audiência de instrução, mas teve o contato com o acusado negado pelos policiais penais grevistas. Segundo ele, houve constrangimento ilegal.
"Todo esse contexto permite dizer que há, sem qualquer dúvidas, diante da greve, uma violação ao direito de defesa, frente à incomunicabilidade que está havendo com o cliente, ora paciente", diz trecho do pedido.
Relembre - Homem é perseguido e morto a facadas na calçada
Ele ainda afirmou que Cícero é réu primário, tem moradia, trabalho e filhos menores de idade, de forma que "em situações excepcionais como a atual", deveria ser determinada sua soltura com medidas cautelares.
A greve dos policiais penais, porém, foi suspensa no início de janeiro para negociações com o Governo do Estado.
Matou amante da esposa
Cícero foi preso em outubro de 2021, depois de ter sido flagrado por câmeras de segurança assassinando a facadas o amante da esposa, Leandro Alves de Teles.
Segundo consta em outro pedido de liberdade levado ao STF em novembro, ele encontrou a esposa na porta de um banco de Campo Novo do Parecis (395 km de Cuiabá) e flagrou o momento em que ela e Leandro davam um beijo de despedida. Ele, então, "jogou" sua moto em cima do amante, que passou a gritar "olha o corno chegando".
A esposa, ao prestar depoimento, contou que viu quando Cícero pegou do baú da moto uma faca. Então, mandou a vítima ir embora, que saiu xingando o acusado. Pouco depois, ele foi "alcançado" por Cícero, que o esfaqueou diversas vezes na calçada, no centro da cidade.
A defesa alegou que o homem cometeu o crime em razão de estar com "emoção alterada", diante da situação que presenciou.
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