RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O Hospital Militar suspendeu temporáriamente o contrato com a empresa "Plástica para Todos", responsável pelo procedimento de lipoescultura e mamoplastia que gerou da paciente Daniele Bueno, que morreu por parada cardíaca após as cirurgias no último domingo (13).
Conforme nota, assinada pelo diretor presidente do hospital, coronel Ricardo Almeida Gil, a decisão foi tomada ainda na segunda-feira (14). "O entendimento e orientação da suspensão temporária do contrato é para que possamos ficar à disposição das autoridades constituídas", consta.
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O advogado Alex Sandro Rodrigues Cardoso, que faz a defesa da empresa ‘Plástica para Todos’, afirma que a morte da cuiabana Daniele Bueno, aconteceu por causas imprevisíveis.
A morte
Daniele morreu no último domingo (13), após passar por cirurgias de lipoescultura e mamoplastia, no Hospital Militar. Ela sofreu parada cardíaca e foi transferida para o Hospital Sotrauma porque a unidade em que estava não tinha Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O CRM abriu sindicância para investigar as duas unidades.
Ainda na nota, o advogado afirma que “70% das cirurgias plásticas realizadas no país ocorrem em unidades sem leitos de terapia intensiva, não sendo, portanto, obrigatório”.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) afirmou que os médicos responsáveis pelo Plástica para Todos não possuem em seu CRM-MT a especificação de cirurgião plástico. O CRM também afirmou que está colhendo documentos para identificar quem são as pessoas que estavam na equipe responsável pela cirurgia da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima teria pago R$ 50 para entrar no programa Plástica para Todos e outros R$ 50 para fazer a consulta médica. A mulher teria ingressado no programa por meio de grupos de WhatsApp e Facebook que oferecem cirurgias plásticas com preços bem abaixo do comum.
A morte é investigada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O caso também é acompanhado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que afirmou que preza por critérios de execução, em cirurgias plásticas, que maximizem a segurança do paciente.
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