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Cuiabá, 21 de Fevereiro de 2025
21 de Fevereiro de 2025

20 de Fevereiro de 2025, 17h:46 - A | A

GERAL / CASO LUCAS PERES

Juiz pede novo laudo sobre a morte de aluno dos Bombeiros na Lagoa Trevisan

A medida foi necessária após o capitão Daniel Alves, réu pela morte de Lucas, apresentar um laudo que descarta afogamento

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



O juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá Especializada da Justiça Militar, determinou, durante audiência de instrução realizada nessa quarta-feira (19), que seja feito um novo laudo de necropsia do aluno do Corpo de Bombeiro Militar de Mato Grosso (CBMMT) Lucas Veloso Peres, que morreu em fevereiro de 2024, durante um treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

Além disso, o magistrado determinou que tanto a defesa do caso quanto a acusação apresentem quesitos periciais, ou seja, questionamentos que direcionem o trabalho da perícia, a serem respondidos pelos peritos responsáveis pelo laudo. Os profissionais serão ouvidos em nova audiência marcada para o dia 22 de maio.

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Na ocasião, os réus responsáveis pela morte de Lucas Peres, capitão BM Daniel Alves de Moura e Silva e soldado Kayk Gomes dos Santos, também serão ouvidos.

“Foi pedido para as partes apresentarem os quesitos para os médicos que fizeram os exames no Lucas respondam. Eles serão ouvidos no dia 22 de maio, juntamente com os réus”, explicou Cleuvimar Peres, pai da vítima, ao .

A medida foi necessária após o capitão Daniel ter apresentado, por meio dos seus advogados de defesa, um parecer médico que contraria o laudo inicial, tentando afastar sua responsabilidade pela morte do aluno. Neste parecer, elaborado por um médico perito particular, ficou evidenciado que Lucas Veloso teve uma morte súbita, ocasionada por problemas cardíacos, e não morreu por afogamento.

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Lucas Veloso Peres, de 27 anos, morreu no dia 27 de fevereiro de 2024. Ele estava em um treinamento sugerido pelo capitão Daniel Alves e coordenado pelo soldado Kayk Gomes, na Logoa Trevisan.

O objetivo imposto aos alunos era atravessar a lagoa a nado, porém Lucas apresentou dificuldade de concluir a tarefa, vindo a parar duas vezes para descansar com o auxílio de um equipamento de flutuação.

Segundo testemunhas ouvidas pelo Repórter MT na época, o capitão não teria gostado do uso do flutuador e mandou tirar o equipamento de Lucas, Daniel também pediu para que os outros militares se afastassem do aluno, ficando ele sob a responsabilidade de acompanhar o rapaz. As ações não adiantaram e Lucas acabou se afogando e morrendo no local.

A vítima chegou a ser socorrida pelos colegas, mas não resistiu.

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