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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

22 de Março de 2022, 15h:11 - A | A

GERAL / MAIS UMA DERROTA

Justiça mantém internação de menor que matou amiga com tiro no rosto

Isabele foi assassinada na noite do dia 12 de julho de 2020, no banheiro do quarto da amiga, no condomínio de luxo Alphaville.

DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO



Por unanimidade, a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu manter a internação da menor acusada de atirar e matar a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, no condomínio Alphaville, em Cuiabá.

A adolescente foi assassinada com um tiro no rosto, na noite do dia 12 de julho de 2020. Atualmente, a autora do disparo está na ala feminina do Complexo Pomeri.

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No último dia 2, o juiz da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, Tulio Duailibi Alves Souza, determinou que a atiradora permanecesse internada por mais seis meses.

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Diante da decisão, a defesa entrou com recurso e argumentou que havia parecer técnico favorável à progressão da medida socioeducativa, assinado por profissionais da unidade em que a menina está internada.

Entretanto, no acordão da Terceira Câmara, publicado na última sexta-feira (18), os magistrados entenderam que "a gravidade e a desaprovação da conduta praticada exigem maior lapso temporal no cumprimento da medida, para que os objetivos previstos na lei do SINASE, artigos 1º, § 2º, I, II, e III, e, 35, IV, todos da Lei 12.594/12, como responsabilização, proporcionalidade e compensação do ato, sejam verificados".

Relembre o caso

Isabele era melhor amiga da adolescente e morava no mesmo condomínio de luxo, Alphaville I, na região do Bairro Jardim Itália. No dia do crime, a vítima havia passado a tarde na casa da então amiga e, no período da noite, foi assassinada no banheiro do quarto da adolescente.

De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Isabele foi morta com um tiro no rosto, disparado a curta distância. Para o Ministério Público Estado (MPE), não há dúvidas quanto à intenção da atiradora de matar a adolescente.

Segundo as investigações, a arma usada para o crime foi levada pelo então namorado da adolescente, que foi condenado pela Justiça a prestar serviços comunitários. A arma era do empresário Glauco Fernando Mesquita Corrêa da Costa, pai do menino. Ele, assim como a família da acusada, era praticante de tiro esportivo.

Pela negligência com o armamento, Glauco fechou acordo de não persecução penal com o Ministério Público Estadual e pagou R$ 40 mil em multa. Já a família da atiradora ainda responde ações no Judiciário.

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MARIA AUXILIADORA 23/03/2022

Libera a menor em um dia e no outro o juizado da Infância e Juventude vai receber úma enxurrada de petições para soltar todos os menores apreendidos no Pomeri, a maioria esmagadora por infraÇoes que se quer chegam perto da gravidade de um infração análoga a homicídio. Abre esse precedente e a justiça de MT vai confirmar que seu alvo são os descalços.

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