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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

15 de Março de 2024, 12h:02 - A | A

GERAL / "LUCAS VELOSO"

Mauro assina decreto que obriga que treinamentos de formação de militares em MT sejam gravados

Nesta sexta, a família do militar morto durante treinamento esteve no Palácio Paiaguás e foi recebida pelo governador

RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT



O governador Mauro Mendes (União Brasil) assinou nesta sexta-feira (15) o decreto que institui a gravação dos treinamentos dos órgão da Segurança Pública em Mato Grosso. O documento leva o nome do aluno do Corpo de Bombeiros Lucas Veloso Peres, morto no dia 27 de fevereiro, em um treino de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

Nesta sexta, a família do militar esteve no Palácio Paiaguás e foi recebida por Mauro. O governador pediu desculpas em nome de todo o estado de Mato Grosso. Para a família, o decreto é um começo para mudar a história dos cursos de treinamento.

"A gente está vendo um pontapé, que é esse decreto. E que ele não fique só em decreto, mas que seja ampliado em lei. O decreto foi nomeado com o nome do Lucas Veloso e a partir de hoje todos os exercícios que correm risco serão filmados", disse à imprensa, sem dar detalhes da nova norma.

“Eu só posso expressar meu profundo sentimento e humildemente pedir desculpas em nome do Governo de Mato Grosso. Sou pai de três filhos e consigo imaginar a dor de vocês, que não é igual a sentir a perda. Gostaria que esse encontro nunca tivesse acontecido dessa forma. Peço que Deus ajude a suportar essa dor. Garanto a vocês que vou exigir uma correta apuração do caso”, expressou Mauro.

O decreto ainda não foi publicado no Diário Oficial. Na Assembleia Legislativa já tramita um projeto no sentido de tornar obrigatória a gravação e permanente. A família apoia a aprovação.

"O governador já deu a posição dele. Disse que é contra isso [treinamentos mortais] e que, se tiver que punir alguém, ele vai punir quem for que seja. Houve um pedido de desculpas pela corporação e também o governador pediu desculpas em nome do Estado de Mato Grosso."

Mais uma vez, Cleuvimar descartou mágoas e disse acreditar na Justiça. Mas lembrou que, se a gravação já estivesse ocorrendo, provavelmente ele estaria com o filho vivo. "Deveria já ter cessado [as mortes em treinamento] já há algum tempo atrás. Se tivesse cessado, eu estaria com meu filho vivo hoje. Eu só não quero sentir essa dor de novo por uma outra família".

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