DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen-MT), Amauri Benedito Paixão, afirmou ao na tarde desta sexta-feira (24), que a greve dos policiais penais em Mato Grosso, segue até que a categoria seja notificada sobre a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que determinou a prisão e corte de salário dos servidores grevistas.
A determinação foi expedida em caráter de urgência pelo desembargador Pedro Sakamoto.
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Na decisão, ele afirma que o sindicato já tem ciência das ordens judiciais para que retornem ao trabalho e estaria dificultando o cumprimento da intimação.
"Assim como em outras decisões precisamos ser citados e ainda não fomos. A gente toma conhecimento a partir do momento que a gente assina o documento, mas nosso jurídico já está tomando as medidas necessárias", declarou o presidente do Sindspen.
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A categoria reivindica equiparação salarial com a das outras forças de segurança.
Na quinta-feira (16), a greve foi deflagrada após falta de acordo com o governo.
Na semana passada, a Justiça decretou a ilegalidade do movimento e, ainda nesta semana, Sakamoto determinou o afastamento de Amauri da presidência do Sindspen e estabeleceu multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento. Como não foi notificado, o servidor segue à frente do Sindspen.
Na decisão desta sexta, o desembargador atendeu ao pedido do Ministério Público Estadual (MPE). No documento, o magistrado ainda autorizou o uso das Polícias Civil e Militar para cumprimento das determinações.
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Para o sindicalista, a luta pelo reconhecimento dos trabalhadores continua. Ele ainda destacou não acreditar que haja prisões e ainda pediu apoio às demais forças de segurança do estado.
“Acredito que não ocorrerá porque as forças policiais têm um bom relacionamento e se respeitam. Um policial penal não vai num batalhão e nem numa delegacia se eles estiverem com seus serviços paralisados. Então a gente espera também que eles usem dessa mesma compreensão. A batalha que estamos tendo aqui é justa, estamos fazendo uma reivindicação salarial”, acrescentou.