APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) habilitou os pais do aluno bombeiro Lucas Veloso Peres, de 27 anos, como assistentes de acusação no processo que apura responsabilidades de outros dois militares envolvidos nos fatos que resultaram na morte do rapaz. A informação foi confirmada pela assessoria do órgão.
Lucas morreu durante um curso de formação de salvamento aquático, realizado na Lagoa Trevisan, em Várzea Grande, no dia 27 de fevereiro deste ano.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Ele chegou a receber primeiros socorros e ainda foi levado para um hospital na Capital, mas não resistiu.
LEIA MAIS - Bombeiro de 27 anos morre afogado durante treinamento na Lagoa Trevisan
Relatos de testemunhas dão conta que Lucas estava com dificuldades para cumprir o exercício do treinamento, que consistia em atravessar a Lagoa Trevisan a nado.
Por duas vezes, Lucas fez a atividade usando o flutuador para descansar, o que irritou o seu superior.
O capitão Daniel Alves Moura Silva teria mandado tirar o equipamento e impedido que Lucas fosse acompanhado pelos “cangas”, isto é, os outros bombeiros que também participam do curso.
O capitão Alves teria dito que acompanharia Lucas, a nado, na atividade. Há 10 metros de distância, o soldado Kayk Gomes dos Santos estaria acompanhando os dois em uma prancha. Minutos depois, Lucas se afogou e acabou morrendo.
Em maio, o Ministério Público ofereceu denúncia contra o capitão do Corpo de Bombeiros, Daniel Alves de Moura e Silva, e o soldado Kayk Gomes dos Santos pelo crime de homicídio com dolo eventual, quando o agente não quer atingir resultado, contudo assume o risco de produzi-lo.