SÍLVIA DEVAUX
DA REDAÇÃO
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) alterou a denúncia contra o empresário Marcelo Cestari e a esposa Gaby para que o casal responda pelo crime de homicídio doloso qualificado e vá a juri popular. Marcelo e Gaby são pais da menor que matou Isabele Guimarães, 14 anos, com um tiro no rosto, em Cuiabá.
O MP também denunciou o casal pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.
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A mudança na tipificação do crime foi proposta pelo promotor de Justiça, Jaime Romaquelli, ao Juízo da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, no final do mês de maio. O promotor justifica que a denúncia anterior foi oferecida antes da aplicação da medida socioeducativa da atiradora.
Romaquelli lembrou que o casal inseriu os filhos adolescentes no mundo das armas e prática de tiros e que a menor "fazia posts em redes sociais mostrando a mesa da sala com armas empilhadas, inclusive com fuzis de poderosíssimo poder de fogo, como o M4”.
"Esse comportamento dos denunciados, recheados de atos comissivos e omissivos, constituíram o roteiro lógico para o acontecimento (homicídio doloso) ocorrido no dia 12.7.2020. Era evidente que um desses adolescentes uma hora iria matar uma pessoa", justifica.
O CASO
Isabele Guimarães foi assassinada no condomínio Alphaville I em julho de 2020 com um tiro disparado pela própria amiga. A atiradora foi condenada a cumprir medida socioeducativa por 3 anos por ato infracional análogo a homicídio doloso. A menor está internada no Pomeri, no anexo 'Lar Menina Moça'.
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Evaldo Corrêa do Nascimento 16/06/2021
Correta decisão do juiz . Os pais incentivavam o manuseio de armamentos e portavam ilicitamente centenaa de armamentos em casa. Deveriam ser presos e condenados .
1 comentários