APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo), Claudyson Martins Alves, não recebeu com surpresa o reajuste nos valores da gasolina e do óleo diesel anunciados na manhã desta sexta-feira (17) pela Petrobras.
“O aumento já estava previsto, porque o preço da Petrobras estava defasado. O consumidor deve começar a sentir o valor no bolso na segunda ou terça-feira, quando os estoques começam a ser repostos”, explica.
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O aumento de 20 centavos no preço da gasolina e de 70 centavos no preço do óleo diesel deve ser o primeiro de uma série de reajustes que ainda precisarão ser feitos, de acordo com Claudyson.
“Tudo indica que os combustíveis vão continuar aumentando, por causa do cenário internacional, em razão da guerra na Ucrânia e Rússia, e o preço do barril do petróleo no exterior, inflação interna e o aumento na cotação do dólar”, analisa.
Sobre o projeto de lei aprovado no Congresso, que impõe um um teto na alíquota do ICMS nos estados, Alves é taxativo: num primeiro momento podem ajudar o consumidor, mas a tendência é que novos ajustes aconteçam com cada vez mais frequência.
Claudyson Alves ainda explica que o valor deve ser repassado em sua totalidade para o consumidor final, uma vez que os postos de combustíveis já trabalham em defasagem. “O posto já não tem margem. Isso vai ter que chegar no consumidor, senão os postos vão pagar para trabalhar”.
Na nota em que divulga o reajuste, a Petrobras dá a entender que a medida foi necessária, inclusive para evitar desabastecimento interno. Para o vice-presidente do Sindipetróleo, essa é uma possibilidade "fora do horizonte", uma vez que a própria Petrobras tem meios para regular e controlar os estoques, a produção e a importação de combustíveis.
O reajuste da Petrobras passa a valer já nesse sábado (18).