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Cuiabá, 05 de Fevereiro de 2025
05 de Fevereiro de 2025

25 de Dezembro de 2015, 08h:00 - A | A

NACIONAL / ECONOMIA

Equipe econômica debate se deve elevar meta de inflação anual de 4,5% para 5,5%

Hoje, o percentual é de 4,5%, com tolerância de 2 pontos, mas assessores da presidente querem subir até 5,5% ao ano. Essa elevação, argumentam, seguraria a alta dos juros.

UOL



A reunião de Dilma Rousseff na semana que vem com seus principais ministros para traçar os rumos da economia terá um tema espinhoso sobre a mesa: o centro da meta de inflação deve permanecer em 4,5% ao ano ou ser elevado?

É consenso no Palácio do Planalto que a taxa de juros (Selic) deve, no máximo, ficar no atual patamar, de 14,25% ao ano. Esse recado será dado ao Banco Central de forma clara. Mas não há garantia de que o BC atenda a esse apelo.

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Ocorre que o Banco Central está inclinado a subir o juro em 19 e 20 de janeiro, quando o Comitê de Política Monetária se reúne pela primeira vez em 2016. A inflação na casa de 10,70% em 2015, bem acima da meta, disparou o gatilho para o BC pensar numa Selic mais alta.

É exatamente para tentar evitar a alta de juros que assessores próximos a Dilma Rousseff acreditam que seria o momento de um choque de realidade: aumenta-se de uma vez o centro da meta de inflação –fala-se no Planalto em 5,5% ao.

Como a margem de tolerância é de 2 pontos, para mais ou para menos, a taxa poderia variar até 7,5%.

Com essa alteração na meta de inflação, acreditam assessores palacianos, o BC ficaria mais à vontade para não elevar os juros.

Mas há 2 problemas grandes: 1) a meta de 2016 já está fixada e haveria dificuldade política para alterar a resolução do Conselho Monetário Nacional, pois seria necessário modificar também o decreto presidencial de 1999 que estabeleceu o atual sistema; 2) o mercado poderia apostar contra o real, achando que o governo está flexibilizando o controle da inflação.

O fato é que esse assunto está em fermentação no Planalto. A decisão será tomada ao longo das próximas semanas. Ninguém pretende falar sobre o assunto em público antes de haver um mínimo consenso interno no governo.

A AUSÊNCIA DE TOMBINI
Apesar de integrar a equipe econômica, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, estará em férias durante a reunião da semana que vem, quando serão traçados os planos para 2016.

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