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Cuiabá, 21 de Novembro de 2024
21 de Novembro de 2024

02 de Setembro de 2020, 14h:08 - A | A

NACIONAL / CRIATIVIDADE DO MAL

Funerárias denunciam esquema de roubo de coroas de flores para revenda

Levantamento da Associação das Funerárias aponta que, diariamente, 50 arranjos são furtados por "papa folhas" de túmulos na capital

METRÓPOLES



O caso da família que denunciou um roubo de 20 coroas de flores no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, no último domingo (30/8), é apenas mais um entre vários casos semelhantes que ocorrem diariamente no Distrito Federal, de acordo com a Associação de Funerárias do DF (Asfun-DF). Segundo a entidade, cerca de 50 arranjos são furtados por dia em cemitérios da capital.

Ao Metrópoles, a representante da associação, Tânia Batista da Silva, revelou que existe um esquema comum de roubos dessa natureza após velórios no DF. “É o que a gente conhece como ‘papas folhas’. Quando acaba um sepultamento, essas pessoas vão lá, pegam as coroas, as renovam e revendem”, conta.

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“Isso é muito comum. Muitas famílias relatam para as funerárias que voltaram ao túmulo no dia seguinte e que as flores não estavam mais lá. Avaliamos que há uma média de 40 a 50 coroas roubadas por dia. Ou até mais”, calcula a presidente.

De acordo com Tânia, uma vez que os cemitérios são “espaços abertos a qualquer pessoa”, deveria haver um reforço na segurança para que esse tipo de situação não continue sendo recorrente.

“Eles recebem taxas das famílias, tudo ali é pago. Então, o mínimo é dar segurança para aqueles bens que são deixados por lá, pois são coisas importantes para os familiares”, ressalta.

20 coroas furtadas

Uma família de uma idosa vítima de Covid-19 registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil do DF (PCDF) denunciando que 20 coroas de flores foram furtadas do túmulo da mulher, no último domingo (30/8).

Filonília Coelho da Rocha Ribeiro faleceu aos 89 anos, no Hospital Brasília, na madrugada de sábado (29/8). Ela foi sepultada na tarde do mesmo dia, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ao Metrópoles, a filha de Filonília contou que, após o enterro, retornou ao cemitério no dia seguinte, mas não encontrou mais as flores que os parentes haviam deixado.

A família tirou fotos do túmulo no sábado, com as coroas de flores, e no domingo, após o suposto furto. De acordo com Fernanda, ficaram no local apenas vasos de plantas que ela levou para homenagear o pai há cerca de duas semanas, após o Dia dos Pais

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