LICIO ANTONIO MALHEIROS
Passada as eleições municipais nos municípios em que ocorreram segundo turno em nosso país; em Cuiabá não foi diferente.
A vitória inconteste de Abílio Brunini (PL), obtendo 171.324 dos votos válidos, correspondendo 53,80%; derrotando seu oponente Lúdio Cabral (PT).
A vitória de Abílio Brunini (PL) aconteceu em função da votação maciça dos seus eleitores, que apresentam viés político ideológico conservador; principalmente, os dá região Centro-Oeste.
Prova inequívoca dessa vitória inconteste, não foi apenas a vitória do Abílio Brunini, como também, do partido (PL) do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Vencendo, nas três principais cidades do Estado: a própria capital Cuiabá, em Rondonópolis e Várzea Grande.
Enquanto o (PT), não conseguiu eleger nenhum prefeito, como também não elegeu nenhum vereador, sendo praticamente dizimado em nosso Estado.
Passado esse momento importantíssimo para o contexto de crescimento e desenvolvimento da nossa cidade.
Entra em cena, novo tema de importância singular, para que, um gestor público possa trabalhar a sua governabilidade. Eleição da Mesa Diretora.
Diante de sua vitória, o prefeito eleito Abílio Brunini (PL) afirmou que é veementemente contrário a cobrança da “taxa do lixo”, assim como, é contrário também a esse empréstimo de R$ 139 milhões; atitudes louváveis.
Também disse, que não interferiria na eleição da Mesa Diretora, porém ao deparar com as possíveis e prováveis articulações, visando à Mesa Diretora.
Tendo, como um dos postulantes ao cargo, o vereador Marcrean Santos (MDB), líder do governo Emanuel Pinheiro (MDB), (ele), busca uma chapa de consenso, que represente pluralidade da Casa de Leis, porém, o referido vereador recentemente invadiu uma (UTI), em busca de informações de seus familiares, de forma pouco ortodoxa.
Outro nome citado é do vereador Mário Nadaf (PV), também do arco de aliança do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB); não estou criando nenhum factoide.
De forma inédita, a eleição de 8 mulheres acabou quebrando paradigma, entre elas: Paula Calil (PL), Samantha Iris (PL), Maysa Leão (Republicanos), Michelly Alencar (União), Maria Avalone (PSDB), Doutora Mara (Podemos), Baixinha Giraldelli (Solidariedade) e Katiuscia (PSB).
Elas se uniram e 5 delas são postulantes à presidência da Mesa Diretora, e com anuência do prefeito eleito Abílio Brunini (PL), com predileção, para o nome de Paula Calil (PL), porém outras duas, também se destacam: Maysa Leão (Republicanos) e Michelly Alencar (União) e as demais reúnem as mesmas condições.
Como bom estadista, preocupado com sua governabilidade o prefeito eleito Abílio Brunini (PL), tem visitado sistematicamente a nossa Casa de Leis, para discutir vários temas importantíssimos.
Na terça-feira (5), em visita à nossa Casa de Leis, para discutir a votação do Plano Diretor e da Lei Orçamentaria Anual LOA, ele considera “superestimada”, o valor de R$ 5,4 bilhões.
Nessa mesma manhã, após a sessão ordinária foi registrado no Plenário da Câmara um bate-boca entre o vereador Jeferson Siqueira (PSD), e o prefeito Abílio Brunini (PL), tendo como tema principal Mesa Diretora.
Abílio Brunini diz “Jeferson Siqueira (PSD) e um grupo de parlamentares estariam se aliando a deputado estadual Eduardo Botelho (União) e ao Ministro Carolos Fávaro (PSD) para assumir o comando do Parlamento Municipal no próximo biênio e assim dificultar sua gestão à frente do Alencastro”.
Na quarta-feira (6), agora, em visita à Assembleia Legislativa de Mato Grosso; (ele) foi discutir emendas parlamentares para ajudar em sua governabilidade, conforme prometido pelos deputados.
Porém, ao sair no saguão da (ALMT), foi cercado por uma dezena de repórteres; o mesmo foi indagado sobre a Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Nesse momento (ele) ergue o tom ao dizer “Eles já estão fazendo, a conversa que me trazem é que já estão nomeando alguns cargos na prefeitura de Cuiabá na gestão do Emanuel Pinheiro (MDB), eles sonham em continuar na mesa, ter a mesa no caso, para segurar esses cargos”
“Imagina, eles como presidente da Câmara, eles falarem para o Abílio que se ele romper o contrato de determinada empresa, o projeto não passa, se eu romper o contrato com determinadas pessoas que são da indicação deles, os projetos não passam, eles querem segurar as propostas e projetos do Executivo no Legislativo, par impedir que a gente consiga avanços no projeto do Executivo focado em manter os contratos e acordos de seus negócios, em relação a prefeitura de Cuiabá”
“Eu já deixo diante mão, ao assumir a prefeitura com eles na mesa ou não, eu vou romper sim os contratos que eles estão fazendo agora, e as contratações que o Emanuel está fazendo agora inclusive de cabos eleitorais dele, eu vou mandar embora sim independente de ganhar a mesa ou não”
Se eles ganharem vai ser guerra e vamos enfrentar a guerra, pois não vou entregar a mesa para o “comando” para Fávaro, para Botelho, para nenhum desses grupos não, e se tiver que lutar pela Câmara Municipal e defender a Câmara Municipal eu vou lutar e defender; e se não quiser o nome da Paula, pode ser de qualquer outra mulher; nós não vamos ceder à pressão, não vamos aceitar faca no pescoço, nós não vamos fazer negociação com as pessoas que estão do lado errado do jogo”. Prefeito de ‘aquilo roxo’.
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo