LICIO ANTONIO MALHEIROS
Todos os anos, no segundo domingo de agosto comemora-se o dia dos pais, uma data bastante esperada por muitas pessoas em todo o mundo e no Brasil não é diferente.
Costumeiramente nesta data tão importante, de forma singela e sem favorecimento ou predileção, costumo elencar um nome para homenagear; em um ano um anônimo e em outro um famoso, para dirigir-lhes algumas palavras de carinho e afeto.
Desta feita a minha singela homenagem será a um pai famoso, Mauro Mendes Ferreira, natural de Goiás, filho de Antônio Mendes e Abadia Sena Mendes; mudou-se para Cuiabá aos 16 anos, mora na capital há 44 anos, portando já é considerado cuiabano.
Mauro Mendes é casado com a economista e empresária Virginia Mendes é pai de três filhos lindos: Ana Carolinne, Luís Antônio e Maria Luiza.
Rebobinando a fita, vamos voltar aos idos dos anos 80, em que o Mauro Mendes com apenas 20 anos, inicia sua luta e dedicação; inicialmente fazendo parte do movimento estudantil, ganhando a disputa das eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE), se despontando de forma decisiva.
Saudosismo em pauta; sem uma cronologia precisa em função do passamento dos anos, pelos idos dos anos 90, ou seja, 34 anos passados tive o prazer de ter conhecido o cidadão, e exemplar pai de família Mauro Mendes. Não fui apresentado a ele, e sim mostrado pelo meu pai Licio Malheiros (in memoriam).
Explico, nessa época o meu pai tinha um barzinho na Avenida Mario Corrêa (77) porto, construído à frente da nossa casa, e ao lado funcionava o restaurante da minha irmã Rose Malheiros, tudo muito humilde, porém um lugar extremamente familiar e aconchegante.
Foi, justamente nessa época que conheci de vista, o senhor Mauro Mendes, o meu pai fazia o melhor bolinho de carne do país, além de quibe cru; as pessoas mais antigas por certo irão lembrar desse feito.
Para o meu pai na época, era motivo de orgulho e satisfação esse feito; ele costumava dizer, aqui no meu barzinho vem pessoas de todos os lugares e de diferentes classes sociais, Cuiabá nessa época era uma cidade pequena.
Foi nessa época que conheci o Mauro Mendes, ele costumava comer esses bolinhos em pé em um balcão com amigos e tomava refrigerante enquanto esperava a comida do restaurante da minha irmã, ao lado.
Eu só fiquei sabendo o seu nome, quando meu pai pediu, filho, leve esses bolinhos para aquele rapaz o Mauro, assim o fiz, como a sua presença não era corriqueira como os demais fregueses, a exemplo, um dos últimos remanescentes na Av. Mario Corrêa, o dono do Pinarte Painéis, o Rodolfo Rosário de Pina, este último, atravessava a rua para comprar os bolinhos.
Aí meu pai na maior simplicidade, disse com orgulho esse senhor Mauro tem uma serralheria, ele, costumava frequentar o barzinho, vestindo calça jeans e camisa social, porém as poucas vezes que o servi ele sempre estava sorridente.
Só, que nessa época, muito provavelmente ele já havia se formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em engenharia elétrica, nós não sabíamos e isso não era fator determinante, e sim, a amabilidade com que eles nos tratavam.
Depois fundou a Bimetal, fabricante de torres de telecomunicações. Por seis anos, foi o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso, chegando a ser vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Sei também, que talvez ele nem vá se lembrar desses feitos memoráveis por mim narrados, porém tudo isso aconteceu e nos enche de orgulho, em ter conhecido esse pai dedicado, amoroso, carinhoso e que por méritos acabou se tornando o pai do Estado de Mato Grosso.
A sua trajetória política partidária, está registrada nos anais da história, portanto dispensa comentários.
Seu sucesso e de seus familiares (leia-se), seus três lindos filhos é resultado do trabalho hercúleo por ele desenvolvido, juntamente com sua esposa Virginia Mendes, que também batalha diuturnamente para dignificar o nome da família Mendes.
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo
