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Cuiabá, 09 de Novembro de 2024
09 de Novembro de 2024

30 de Dezembro de 2022, 06h:06 - A | A

OPINIÃO / RICARDO AUGUSTO

Quais são mesmo os nossos problemas?



Não sou nenhum amante da política eleitoral, mas, como cidadão, me preocupo sim com o futuro da nação. Mas, não é sobre política que pretendo falar. Quero ocupar meus poucos espaços na mídia para provocar uma reflexão.
Quais são mesmo os nossos problemas?

Por muitos anos vejo falar que o país (e nosso estado também) precisa crescer, e para tanto, precisa investir em tecnologia, infraestrutura e fontes de energia, afinal, não há como aumentar exportações, gerar emprego e renda, e permitir o desenvolvimento de regiões populacionais sem estes vetores.

Contudo, deixando de lado a tecnologia, vou pontuar poucas coisas sobre fonte de energia e infraestrutura, sim, os mais antigos e permanentes vetores do “Custo Brasil”. E por que não dizer também “Custo Mato Grosso”?

Repetitivo, não é mesmo?

Pelo menos Mato Grosso está indo na direção que sonho. Obrigado Senhor, obrigado governador.

Mas, vamos lá, temos muito o que fazer e melhorar.

1- O Brasil precisa de refino de combustível em solo nacional para gerar emprego e reduzir custo para empresas e população, mas no lugar de discutir como fazer, estamos perpetuamente perdidos em discutir se o governo ou se a iniciativa privada fará. Resultado? Só patinamos. Neste ponto, não sei se Mato Grosso poderia ajudar.

2- O Brasil precisa ampliar em 500 mil % a malha ferroviária, aérea e fluvial/marítima, mas não consegue vencer a discussão se isso será benéfico ou prejudicial aos povos originais. Sabemos que este tema é sem dúvida muito importante, mas, até hoje não aprendemos a juntar as mãos e fazer este projeto acontecer sem desrespeitar os direitos destes povos? Precisamos de maneira urgente entender o que está acontecendo. Olha, Mato Grosso recentemente fez um bom exemplo ao destravar a ferrovia por aqui.

3- Precisamos gerar energia para que as indústrias e os demais setores possam se desenvolver, más, até hoje só sabemos discutir se usamos ou não usinas Termelétricas e Hidrelétricas. Fazemos muito pouco pela energia solar que pode ser instalada em alto mar, nas terras improdutivas, nos distritos e comunidades desprovidas de qualquer sopro de desenvolvimento econômico. Já se pensou em usinas de energia solar na região do Buriti Fundo (próximo a Barra do Bugres) por exemplo? O sol lá não é tão quente como os daqui da capital? As terras de lá mesmo sem desmatar são no mínimo enormes, por qual razão não as exploramos? Quais as outras áreas deste estado enorme poderiam ser aproveitadas?

4- Falamos dos aterros sanitários que há décadas poluem nossas cidades e prejudicam o meio ambiente, e que podem ser transformados em usinas de reciclagem, produção de biogás, e energia através da queima de resíduos (utilizando os devidos filtros de tratamento da fumaça) e tudo ao mesmo tempo, e ainda gerar emprego, energia e renda em praticamente todas as regiões do estado, colocando nosso território como exemplo de estado sustentável, “estado verde”, aliás, “estado produtor verde”, já pensou? Que rótulo maravilhoso para as discussões nos COPs da vida?

5- Sabemos que as indústrias estão concentradas em algumas regiões do país, e que pequenas indústrias poderiam beneficiar as demais regiões, necessitando é claro, de incentivos fiscais para as atrair, como por exemplo, para fazer o beneficiamento do algodão, produção de biodiesel, ampliação da produção de etanol, beneficiamento do milho e de legumes, instalação de pequenas fábricas de salames, salsichas, conservas, e tantas outras ideias em território mato-grossense. É certo que em alguns casos, para além do incentivo haverá necessidade de construção de infraestrutura inclusive energética, não é mesmo? Entende agora do que estou falando? Acredito seriamente que Mato Grosso tem muito o que fazer sobre isso, ao apoiar e dar condições para que estas fábricas e pequenas industrias se instalem por aqui.

Você está achando isso tudo muito difícil?
Veja os links mostrando que é sim possível e necessário. Podemos sim fazer.
Aterro sanitário
Aterro Sanitário: como funciona, impactos e soluções (recicla.club)
Energia do lixo
Brasil terá a 1ª usina que transforma lixo residencial em energia elétrica (msn.com)
Biogás do lixo
Biogás – energia por meio do lixo. Combustível biogás (uol.com.br)
Processamento de legumes
Mercado de processamento de frutas e vegetais atingirá US$ 11,8 bilhões (veganbusiness.com.br)
Refino privado
A refinaria privada que passou a vender diesel mais barato que a Petrobras | VEJA (abril.com.br)
Refino de petróleo
OPINIÃO: Combustível mais barato? Só com concorrência no refino - Brazil Journal
Gás Natural
MT licita construção de rede de distribuição de GN - Energia Hoje (editorabrasilenergia.com.br)
Oferta e demanda de Gás Natural depende de decisões políticas
Demanda global por gás natural – Snapshots – IBP
Novo ciclo de expansão do etanol no Brasil
NOVO CICLO DE EXPANSÃO DO ETANOL NO BRASIL - Apex-Brasil (apexbrasil.com.br)
Usina solar
Piauí instala a maior usina de energia fotovoltaica da América Latina - Comissão de Meio Ambiente (cbic.org.br)
Demanda por Biodiesel
ANP: compra direta de biodiesel supera demanda prevista para bimestre | Agência Brasil (ebc.com.br)
Custo Brasil
O que é Custo Brasil e qual o seu impacto na economia? (portaldaindustria.com.br)

Eu não sou especialista, sei tanto quanto qualquer leitor de jornais. Contudo, de uma coisa estou certo: tudo que listei aqui gera emprego, renda e desenvolvimento regional onde se aplicar, desde a construção destas plantas até seu uso econômico após instalação.

Veja, se você for em empresas como o Senai (deve ter outras), eles podem fazer estudos de viabilidade para cada um dos temas que propus, em cada área que o governo desejar, e podem até dizer como fazer para fomentar a participação de empresas privadas para este fim.

Nosso governador, por exemplo, está trazendo a ferrovia, ou parte dela, com certeza está pensando na infraestrutura. O mesmo está também trazendo o gasoduto para expansão do uso industrial e veicular do gás natural. Se não me engano, contrataram o Senai para fazer estudos também.

Então meu povo, por favor, você que tem acesso a estes Deputados, Senadores, e de Vereadores aí no seu município, acesso ao Presidente e aos Governadores de seus estados. Provoquem esta discussão!

O país, o estado de Mato Grosso e a cidade de Cuiabá (e os suas regiões também, leitores) precisam muito dessa discussão.

Conheça nossos trabalhos sociais!
#boracuiabá  #estoucontigo  #grupodeusemaior

E que Deus nos abençoe.

Ricardo Augusto de Oliveira é servidor da Educação de Mato Grosso.

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