DO REPÓRTERMT
Um esquema de corrupção montado por servidores do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande causou um prejuízo estimado em R$ 11,3 milhões nos últimos cinco anos, conforme a investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Ordens judiciais, inclusive de prisão, estão sendo cumpridas na manhã desta sexta (20), no âmbito da Operação Gota D'Água.
A investigação apontou que os servidores cobravam para realizar serviços que eram responsabilidade do DAE oferecer aos cidadãos de Várzea Grande. Uma auditoria revelou, ainda, que os valores devidos por usuários dos serviços de saneamento eram reduzidos indevidamente ou até mesmo excluídos do sistema, mediante recebimento de dinheiro.
Conforme apurado, a Diretoria do DAE estaria envolvida no esquema, que vem sendo praticado desde 2019. Qualquer oportunidade era usada como forma de conseguir dinheiro de forma ilícita. Segundo a Polícia Civil, “parte significativa” dos servidores da Diretoria Comercial do DAE “não hesitava em receber os valores ilegais”.
Ainda foi revelado que a estrutura pública era usada pelo vereador Pablo Pereira (União) como forma de obter vantagem política, usando os servidores de forma ordenada em favor da sua campanha à reeleição, com uso da estrutura pública da autarquia. Ele foi um dos presos na operação.
