DO REPÓRTER MT
A atual gestão de Cuiabá, sob comando de Abilio Brunini (PL), recebeu a prefeitura com uma dívida de R$ 2,3 bilhões, equivalente a 47,23% da Receita Corrente Líquida de 2024. O secretário de Economia, Marcelo Bussiki, e o contador-geral, Eder Galiciani, apresentaram os dados na Câmara Municipal, destacando um déficit orçamentário de R$ 381,5 milhões no ano passado.
Os números são herança do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
A dívida consolidada, incluindo empréstimos, parcelamentos e precatórios, soma R$ 1,275 bilhão. Outros R$ 1,250 bilhão são dívidas financeiras, com R$ 529 milhões em restos a pagar, R$ 248,6 milhões em encargos da folha e R$ 472,4 milhões de despesas sem empenho. Além disso, há R$ 1,15 bilhão em obrigações vencidas, comprometendo receitas futuras, sendo R$ 800 milhões de recursos próprios e R$ 350 milhões vinculados à saúde e educação.
Em 2024, a Prefeitura investiu 19,16% da receita na educação, abaixo do mínimo constitucional de 25%, e aplicou 22,58% em saúde. Segundo Bussiki, a gestão anterior aumentou a dívida porque gastou mais do que arrecadou, diferentemente de 2016, quando a dívida consolidada líquida era de R$ 530 milhões.