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Cuiabá, 06 de Novembro de 2024
06 de Novembro de 2024

06 de Novembro de 2024, 12h:25 - A | A

PODERES / DECLARAÇÃO DE GUERRA

Abilio sobe o tom sobre disputa da Mesa da Câmara: "Não vou entregar para o Comando Vermelho"

Segundo o prefeito eleito por Cuiabá, a facção criminosa Comando Vermelho também estaria "de olho" na Casa de Leis.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



O prefeito eleito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) subiu o tom na manhã desta quarta-feira (06) ao afirmar que não aceitará “interferências externas” na formação da nova Mesa Diretora da Câmara da Capital. Segundo ele, a facção criminosa Comando Vermelho também estaria "de olho" na Casa de Leis.

"Não vou entregar a Mesa! Não vou entregar a Mesa para o Comando, nem a ninguém. E se tiver que lutar pela Câmara Municipal e defender a Câmara, eu vou lutar e defender”, afirmou à imprensa durante visita de cortesia à Assembleia Legislativa.

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Ao ser questionado sobre a acusação de parlamentares envolvidos com a organização criminosa, Abilio lembrou da prisão do vereador Paulo Henrique (MDB) que foi preso durante a Operação Pubblicare deflagrada pela Polícia Federal que apura um esquema de lavagem de dinheiro da facção por meio de shows e casas noturnas na Capital. 

Inclusive, nesta semana o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) denunciou o vereador por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em razão dos indícios da sua atuação em conjunto com uma facção. 

Leia mais - Vereador de Cuiabá, Paulo Henrique é preso em operação que apura esquema com facção

Além disso, recentemente o vereador eleito por Cuiabá, policial federal Rafael Ranalli (PL), afirmou em algumas entrevistas que a facção criminosa elegeu quatro parlamentares na Câmara neste ano. Ranalli, no entanto, não revelou os nomes.

Ao lembrar que tem vereador da atual gestão sendo investigado por supostamente atuar em esquemas com o CV, Abilio foi enfático ao dizer que vai lutar para defender o Legislativo municipal.

Com isso, o prefeito eleito declarou "guerra" à facções.

"E se tiver que lutar para defender a Câmara Municipal, eu vou lutar e defender. Não vamos aceitar negociação. Não vamos aceitar pressão, não vou aceitar faca no pescoço e não vamos fazer negociação com aqueles que estão do lado errado do jogo", completou.

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