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Cuiabá, 28 de Novembro de 2024
28 de Novembro de 2024

30 de Agosto de 2023, 07h:20 - A | A

PODERES / ESQUEMA DE RACHADINHA

Câmara contesta defesa de Edna na Justiça e aguarda decisão para continuar processo de cassação

A vereadora é acusada de se apropriar do recurso de sua ex-chefe de gabinete Laura Abreu.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



A Câmara Municipal de Cuiabá protocolou a contestação da liminar concedida pela Justiça de Mato Grosso, que suspendeu o processo de cassação do mandato da vereadora Edna Sampaio (PT), por suposto esquema de rachadinha de Verba Indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu.

Em entrevista ao RepórterMT, o vereador Rodrigo Arruda de Sá, presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa de Leis, explicou que as alegações feitas pela defesa da vereadora são inverídicas.

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De acordo com o com o documento, a Justiça entendeu que houve um "atropelo no rito processual". Foi destacado que a Comissão se recusou a ouvir as testemunhas de defesa da vereadora. Além disso, afirmou que somente teve acesso à denúncia quase no final do prazo para termino dos trabalhos.

“A Câmara se manifestou na quinta-feira passada (24), no final da tarde foi protocolado a manifestação lá na Segunda Vara de Fazenda Pública e agora, estamos aguardando a resposta do doutor Agamenon”, afirmou.

“A principal alegação que eles (defesa da Edna) fizeram é o fato de não ter escutado a testemunha de defesa que foi arrolado no último dia do processo e foi indeferido pela Comissão”, emendou.

Leia mais - Justiça suspende processo de cassação do mandato de Edna Sampaio, acusada de rachadinha

Já em relação ao acesso à denúncia, o vereador explicou que, “está dentro do processo todos os recebidos deles de notificações e comunicações”.

Rodrigo Arruda de Sá espera que a Justiça encerre a ação e dê a autorização para que a Câmara Municipal retome os trabalhos. Com a manifestação da Comissão de Ética e também da Comissão de Constituição Justiça pela cassação do mandato da vereadora, o caso seguirá para votação do plenário.

“A nossa expectativa é que seja deferido o processo tão logo para que a gente possa dar continuidade ao andamento dos trabalhos e poder encerrar essa etapa”, finalizou o vereador.

Relembre o caso

O caso começou no dia 3 de maio, após denúncia veiculada na imprensa. Vieram a tona prints de comprovantes de transferências bancárias, mensagens em áudio e conversas por WhatsApp que atestaram o envolvimento da vereadora no esquema.

Um áudio mostrava o marido da vereadora, Willian Sampaio, cobrando que a então chefe de gabinete fizesse a transferência do dinheiro para a vereadora.

Segundo Laura, ela só se deu conta de que algo estava errado com o modo como o dinheiro era tratado durante a gestão do gabinete da vereadora quando leu uma reportagem sobre o caso de sua demissão, enquanto estava grávida, que apontava seus rendimentos como sendo formados por R$ 7 mil de salário e R$ 5 mil de verba indenizatória. Segundo ela, só recebia 70% desse valor do salário e sempre devolveu a VI.

Edna, por sua vez, disse durante a oitiva na Comissão de Ética, que todas as quatro chefes de gabinete da parlamentar eram orientadas a devolver a verba indenizatória que recebiam em sua conta bancária pessoal, que o dinheiro era utilizado para despesas em seu mandato.

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