FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Invasão Zero na Assembleia Legislativa, afirmou que João Pinto, 87 anos, foi assassinado de forma covarde e o fato será investigado pela Casa de Leis. O idoso foi morto em um suposto confronto com uma equipe da Polícia Civil, no último dia 23, em uma chácara no Contorno Leste, em Cuiabá.
De acordo com Cattani, ele e um grupo de deputados estiveram na propriedade do idoso um dia antes do assassinato. Na ocasião, João Pinto relatou que teve a chácara invadida por bandidos algumas vezes.
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"Ele foi assassinado de maneira covarde. Era uma pessoa que estava sob uma pressão violenta e teve toda sua propriedade invadida"
Ainda conforme o deputado, naquela manhã o idoso teria discutido com invasores.
“Era uma pessoa que enxergava pouco, audição era praticamente zero. Um dia antes nós visitamos a propriedade, inclusive não conseguimos ter quase um diálogo, porque ele não escutava quase nada, tinha que gritar com ele para poder entender alguma coisa”, disse Cattani à imprensa.
“Ele foi assassinado de maneira covarde. Era uma pessoa que estava sob uma pressão violenta e teve toda sua propriedade invadida. É uma coisa absurda, não cabe no nosso entendimento alguma justificativa para isso”, completou.
O parlamentar ressalta que a CPI vai apurar o que de fato aconteceu.
“Vamos convocar as pessoas para que esclareçam os fatos e vamos fazer de tudo para que a justiça seja feita [...] Depois que nós apurarmos, eu vou fazer algo, mas com certeza alguma coisa não está bem nessa situação”, concluiu.
O crime
De acordo a Polícia Civil, investigadores foram até a propriedade para intimar o idoso em decorrência de vários boletins registrados contra ele. Ao se aproximar da casa, João teria sacado uma arma de fogo e atirado contra a equipe. Um dos investigadores reagiu, dando início ao confronto.
Na troca de tiros, o idoso acabou baleado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
Diante da situação, a Corregedoria da Polícia Civil informou que já solicitou imagens de câmeras e perícia técnica para dar início à apuração do caso.
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