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Cuiabá, 15 de Abril de 2025
15 de Abril de 2025

13 de Abril de 2025, 14h:00 - A | A

PODERES / MATOU MORADOR DE RUA

Mauro comenta caso do procurador: "É lamentável que hoje exista essa banalização da violência"

Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha e Silva assassinou de Ney Muller com um tiro no rosto na última quarta-feira (09), em Cuiabá

VANESSA MORENO
APARECIDO CARMO DO REPÓRTER MT



O governador Mauro Mendes (União) avaliou como lamentável o caso em que o procurador Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha e Silva de 45 anos assassinou com um tiro no rosto o morador de rua Ney Muller Alves Pereira de 42, na noite da última quarta-feira (09), em Cuiabá. Para o chefe do Executivo estadual, o crime reflete a banalização da violência no Brasil.

“É lamentável que hoje exista essa banalização da violência no Brasil. Pessoas que você nem imagina que faça parte de qualquer tipo de delito pretérito, cometem crimes horríveis e horrorosos como esse”, disse Mauro Mendes na sexta-feira (11).

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Luiz Eduardo é servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e matou Ney Muller após ter o carro danificado em um posto de combustíveis. A vítima teria, supostamente, jogado pedras no veículo do autor do crime enquanto ele jantava com a família.

À imprensa, o governador defendeu leis mais duras para todas as pessoas, independentes do cargo que ocupa, como forma de desestimular o crime. Ainda segundo Mauro Mendes, paira no Brasil uma sensação de impunidade responsável por alimentar a cultura da violência.

“Independentemente da função que ele tenha, a lei precisa ser mais ampliada, mais rígida, mais dura nesse país, como forma de desestimular. Existe uma sensação de impunidade pairando no Brasil há muitos e muitos anos. Isso está criando e retroalimentando a cultura da violência."

Aproveitando a repercussão do caso, Mauro Mendes voltou a defender a atualização no Código Penal Brasileiro, que foi promulgado em 1940.

“Por isso que eu acredito que nós precisamos revisitar o Código Penal Brasileiro, precisamos endurecer as penas, para que as pessoas nem em seus piores momentos possam ter essa vontade de cometer algum crime acreditando na impunidade”, ressaltou.

O caso

Ney Muller foi assassinado pelo procurador Luiz Eduardo na noite de quarta-feira (09), após ter, supostamente, jogado pedras e danificado o carro do autor do crime. O assassinato aconteceu no bairro Boa Esperança, próximo à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.

Uma câmera de segurança flagrou o momento em que o procurador, que dirigia uma Land Rover, se aproximou devagar da vítima, que caminhava na calçada, e atirou contra Ney.

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Quando o carro saiu, foi possível ver o corpo de Ney caído e agonizando no chão.

Na tarde de quinta-feira (10), Luiz Eduardo se entregou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. Em seu depoimento à polícia, o procurador disse que cometeu o crime porque o morador de rua havia danificado o seu veículo.

Ele vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e praticado mediante emboscada.

Na noite da sexta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB) determinou o afastamento imediato do procurador pelo prazo de 60 dias.

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