SÍLVIA DEVAUX
DA REDAÇÃO
Uma denúncia do vereador Marcelo Bussiki (DEM) à Polícia Judiciária levou à abertura do inquérito policial que levou à deflagração da 2ª Fase da Operação Overlap, nessa quinta-feira (03), em Cuiabá, pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual.
Conforme a decisão judicial, assinada pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal da Capital, as investigações da 1ª Fase da Overlap, em junho deste ano, e a denúncia do vereador, logo depois, apontaram a necessidade do afastamento do procurador-geral do município Marcus Antônio de Souza Brito do cargo público “como medida para evitar a continuidade da prática de novas infrações”.
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Na 2ª Fase, além do afastamento de seis meses, o procurador foi alvo de mandados de busca e apreensão em seu gabinete da Procuradoria-Geral do Município de Cuiabá, no bairro Duque de Caxias, no escritório Zambrim, Brito & Passos Advogados que tem como sócio o ex-secretário municipal de Educação Alex Vieira Passos e fica ao lado da B. O. Conceição e Silva e Cia Ltda. (Ceteps), empresa usada nos esquemas, e na residência dele no Condomínio Belvedere.
A 1ª Fase foi instaurada, ainda no mês de junho, para apurar crimes contra a Administração Pública, atuação de Organização Criminosa e outros delitos praticados no âmbito do Município de Cuiabá e teve como alvo o então secretário Alex Vieira Passos por superfaturamento e desvio de recursos em obras da Educação. A princípio, ele foi afastado do cargo e horas depois pediu sua exoneração.
“Os elementos angariados por meio das diligências investigativas indiciariam a existência de uma suposta Organização Criminosa, a qual seria integrada por Alex Oliveira Passos e Rafael de Oliveira Cotrim Dias e outros agentes ainda não identificados, estabelecida na Administração Pública do Município de Cuiabá, a qual, utilizando-se da empresa AB3 Construtora, teria promovido o desvio de verbas públicas, fraude à licitação e lavagem de dinheiro”, trazem as investigações da 1ª Fase.
O procurador é investigado por suposto envolvimento em contrato de R$ 2 milhões, firmado em maio de 2018 entre a Secretaria de Inovação e Comunicação de Cuiabá (Sicom) e a Ceteps. Segundo denunciou o vereador Marcelo Bussiki, consta no Sistema Integrado de Processos Educacionais (Sipe) que a empresa B.O. Conceição e Silva e Cia Ltda. possui como responsável o ex-secretário Alex Vieira Passos.