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Cuiabá, 19 de Abril de 2025
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18 de Novembro de 2021, 07h:00 - A | A

PODERES / POLÊMICA NA ASSEMBLEIA

Deputados de MT temem que Conselho LGBTQIA+ “ofenda a família tradicional”

Proposta para criação do Conselho Estadual LGBTQIA+ foi encaminhada pelo Governo Estadual

CAMILLA ZENI
DAFFINY DELGADO



Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) se dividem em relação ao Projeto de Lei que prevê a criação do Conselho Estadual LGBTQIA+, levado para votação pelo governo estadual.

Membro da bancada conservadora na ALMT, o deputado Faissal Calil (PV) revelou que há colegas que já manifestaram no sentido de acreditar que, se for implantado, o Conselho poderá ofender a família tradicional.

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“Alguns entendem que esse conselho vai aviltar a família tradicional. Eu não vejo dessa forma, vejo que tem que fazer campanhas para acabar com o preconceito, e sou a favor disso. Eu não vejo como a criação de um conselho possa acabar com a família tradicional”, comentou Faissal nesta quarta-feira (17).

Apesar da posição, o deputado confessou que não tem “convicção” em relação ao tema, e que ainda estuda o projeto para definir se votará favorável ou não à proposta.

Leia também - Mauro defende Conselho LGBTQIA+: “Não pode ser como se não existissem"

De acordo com o presidente do parlamento, deputado Max Russi (PSB), mesmo com articulação do governo estadual e da forte pressão sobre a Casa para a aprovação do projeto, ainda há conversas no sentido de barrar a implantação do conselho. Contudo, ele acredita que o projeto deverá conseguir a quantidade mínima de votos necessária para aprovação, ou seja, 13 favoráveis.

“Isso aqui é um colegiado e o que ganha é a maioria. Acredito eu, pelas conversas, que vai ter os votos, sim, para a aprovação, mas não posso afirmar, porque depende de cada parlamentar”, ponderou o presidente.

Na ALMT, o projeto causou confusão em razão, inicialmente, da determinação de arquivamento da proposta, feita pelo deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), quando estava interinamente como presidente da Casa, em razão de viagem de Max Russi.

Na ocasião, Dilmar atendeu a um pedido do deputado evangélico Sebastião Rezende (PSC), que preside a Comissão de Direitos Humanos, Defesa dos Direitos da Mulher, Cidadania e Amparo à Criança, Adolescente e Idoso. No entanto, acabou indo de encontro com o encaminhamento do governo, do qual é líder no parlamento.

Nesta quarta-feira, o governador Mauro Mendes (DEM) defendeu a criação do Conselho LGBTQIA+ e classificou como “radicais” os parlamentares que pretendem derrubar a proposta. Mauro destacou que há Conselhos para representar diversos grupos da sociedade e questionou: “O que tem de errado em ter um conselho para discutir políticas públicas? Está negando que essas pessoas existem?”.

Depois da polêmica, o projeto foi desarquivado e vai passar por votação na comissão de Rezende na próxima segunda-feira (22).

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Rose Velasco 18/11/2021

Ofender? Como assim, ofender? Famílias tradicionais? O que é família tradicionais? Nossa, a cada dia temos de tolerar tantos atos de discriminação e de homofobia do Parlamento Estadual. Até quando, vamos permanencer nessa mesmice e nessa mediocridade? Nessa falta de educação e de cultura e de respeito e de tolerância? Até quando? Nossas famílias não representam ofensa e nem perigo, pois não somos criminosos e nem ofensivos e ameaçadores ou seres de outro planeta. Quanta ignorância e falta de fundamentação cientifica para defender algo que é indefensável, ou seja, a intolerância! E por favor, não usem o nome de Deus em vão para se colocarem como "algozes" e paladinos da moralidade e dos bons costumes, pois isso não se sustenta em uma sociedade cada vez pior, como a nossa. Uma sociedade que discrimina e mata e segrega pessoas, em nome de Deus. O que representa ofensa e perigo às famílias, em geral e sem distinção, são os casos de traição; feminicídio; alcoolismo; prostituição; desemprego; estupros de crianças e de jovens; a corrupção; a criminalidade e a violência doméstica, entre outras mazelas sociais cada vez mais crescentes neste país. Nossa família é igual a sua. Somos gente, seres humanos e criaturas criadas por um único Deus. Um Deus de amor. Portanto, tire o seu preconceito do caminho, que vamos passar com o nosso AMOR. Sou mãe da diversidade. Meu filho foi assassinado aos 25 anos de idade, por ser homossexual assumido, por ser gente, trabalhdor, bom filho e que sempre pagou seus impostos e deu o seu voto nas eleições deste país, portanto, um cidadão brasileioro, como todos nós somos. Exijo respeito, não somos bandidos e nem criminosos e nem uma ameça a quem quer que seja. Meu voto importa e os impostos que eu pago, também importam. E a vida de nossas famílias, importam!

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