facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 17 de Outubro de 2024
17 de Outubro de 2024

17 de Outubro de 2024, 14h:23 - A | A

PODERES / CORRUPÇÃO NO SISTEMA

Presos pagam até R$ 20 mil em propina para ter um celular na PCE

Orlando Perri defende uma fiscalização mais rigorosa dentro do sistema prisional.

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



O supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF-MT), desembargador do Tribunal de Justiça Orlando de Almeida Perri, revelou que um celular dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, custa de R$ 5 mil a R$ 20 mil. Ele sugeriu ainda que os aparelhos chegam até os presidiários devido à corrupção que ocorre dentro do sistema prisional. 

"Não são apenas visitantes, familiares ou os amigos dos reeducandos que introduzem celulares pra dentro dos presídios. Nós sabemos, lamentavelmente, que existe corrupção dentro do sistema prisional. Nós sabemos quanto custa um celular dentro do sistema prisional. [...] As informações nos dão conta que varia de R$ 5 mil a R$ 20 mil, se não mais", disse Perri. 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Recentemente, as forças de segurança do Estado fizeram duas varreduras na unidade, relativas à Operação Raio Limpo, que resultaram na apreensão de mais de 100 celulares.

LEIA MAIS: Varredura na PCE resulta na apreensão de 71 celulares

LEIA MAIS: Operação na PCE apreende 47 celulares e autua 3 presos por tráfico de drogas

À imprensa, Perri ressaltou que celulares em presídios são um problema nacional e que Mato Grosso vem buscando alternativas para combater essa situação.

Para ele, além das medidas já adotadas, como raio-x e retirada de tomadas das unidades para evitar o carregamento dos aparelhos, é preciso uma fiscalização rigorosa. Ele defende que todos que entram no sistema prisional devem ser submetidos a uma vistoria feita por um aparelho de scanner.

“Eu defendo uma rigorosa fiscalização na estrada do sistema prisional. Eu defendo que juiz, promotor e até o governador passe por scanner, todos devem ser vistoriados na entrada dos nossos presídios”, sugeriu o desembargador.

Comente esta notícia