DO REPÓRTERMT
A deputada estadual Janaina Riva (MDB), procuradora especial da mulher da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, considerou um ‘triste equívoco’ a decisão do juiz da 2° Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, que determinou que Almir Monteiro dos Reis, que assassinou brutalmente a advogada Cristiane Tirloni, retorne para Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães.
“Considero a decisão um triste equívoco, uma vez que partiu da nossa procuradoria a provocação ao MP e à SESP para que houvesse a transferência do feminicida para a Penitenciária Central. Existem julgados recentes do Superior Tribunal de Justiça que estabelecem que ‘a perda da condição de policial militar impossibilita o recolhimento a quartel ou prisão especial nas hipóteses de custódia cautelar’”, afirmou a deputada.
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Janaina reforça que o feminicídio foi cometido quando Almir já estava expulso da Polícia Militar, desde 2015, pelo envolvimento em outros crimes, como roubo a postos de combustíveis e residências, além de furto na Secretaria de Meio Ambiente do Estado.
Após o assassinato de Cristiane, ele foi enviado à cadeia pública de Chapada, destinada a ex-agentes da segurança pública. Após provocação ao MP feita pela própria deputada, o feminicida foi transferido para cela isolada da Penitecniária Central do Estado (PCE). No entanto, retornou para Chapada após decisão de Fidélis, na última segunda-feira (28).
Para ela, a manutenção da prisão de Almir em cadeia destinada ao recolhimento de servidores ativos e aposentados da segurança pública, não é justificável.
“Sabemos que existem outros julgados com entendimentos contrários ao nosso, mas como mulher, que tem visto diariamente outras mulheres sendo mortas e seus assassinos ficarem impunes, o retorno dele para a cadeia da chapada, é inaceitável. A permanência dele em um presídio comum e sem benesses é a resposta que a sociedade espera”, finaliza.
O chefe do Ministério Público, Deosdete Cruz, já informou que vai recorrer ao Judiciário para que o criminoso retorne para presídio comum. Janaina vai acompanhar o MP na ação.
“Temos imenso respeito pelo magistrado, mas o meu entendimento como deputada e como procuradora especial da mulher do Poder Legislativo, segue em consonância com o do Ministério Público Estadual, que é o fiscal da lei”, concluiu.
O assassinato
Segundo a Polícia Civil, Almir matou Cristiane durante a madrugada do dia 13, entre meia noite e 2h. Em seguida, ele limpou o sangue da vítima por toda a casa, com creolina e sabão em pó, numa tentativa de dificultar as investigações. Neste tempo, ele deixou o corpo de Cristiane no banco do passageiro do carro dela, um Jeep Renegade verde.
Por volta das 8h30, Almir colocou óculos escuros na mulher e a levou até o Parque das Águas, onde abandonou o corpo. Ele então pediu um carro de aplicativo e voltou para casa.
Ele passou o dia com a namorada e acabou preso à noite, pela Polícia Civil, após rastrearem as antigas localizações de Cristiane pelo celular da mulher.
O inquérito foi concluído na quarta-feira, 23 de agosto, e enviado ao Ministério Público de Mato Grosso, a quem cabe a responsabilidade de oferecer a denúncia criminal ao Judiciário.
Almir foi indiciado pela Polícia Civil por feminicídio quadruplamente qualificado, pelos crimes de estupro, que ocorreu antes da morte da vítima, e por fraude processual, em razão de ter limpado a cena do crime.
Reghis 30/08/2023
Como dizem: “para os amigos tudo e aos inimigos nem a lei”, se enquadra na postura da nobre Deputada. Enquanto seu pai usufrui das benesses da delação premiada e da progressão de regime de prisão, conforme preconizam as respectivas leis, a “representante do povo” se insurge contra uma decisão judicial e, pegando carona, tenta surfar na onda do MP, para mostrar seu apoio e defesa das mulheres. Quanta demagogia político eleitoral. A sociedade deseja ações de verdade é que tragam benefícios para toda a coletividade. Com todo respeito: Sra Deputada está faltando serviços na AL? Claro que não, então vá trabalhar, pois somos nós que pagamos seu salário e todas as mordomias dos Deputados.
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