MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
O ex-secretário de Estado de Educação e pré-candidato a deputado federal Marco Marrafon (PPS) negou que tenha feito campanha extemporânea. Ele é investigado pelo Ministério Público Eleitoral devido a uma mensagem enviada a um diretor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com pedido expresso de voto.
A atuação é vedada pela legislação eleitoral. O juiz eleitoral Mário Roberto Kono de Oliveira determinou a quebra de dados cadastrais do ex-secretário junto à operadora de telefonia Vivo e também a identificação do proprietário do terminal +55 65 9979-XXXX.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Nesta quarta-feira (04), Marrafon afirmou que o número de telefone em questão não é dele, e sim de um apoiador.
“Eu tentei explicar, de maneira completamente sincera e honesta. Primeiro que não é o meu telefone. Não houve o meu consentimento. Não houve a minha ciência. Não houve meu incentivo nem provoquei nada", disse Marrafon.
“Eu tentei explicar, de maneira completamente sincera e honesta. Primeiro que não é o meu telefone. Não houve o meu consentimento. Não houve a minha ciência. Não houve meu incentivo nem provoquei nada”, disse.
A mensagem teria sido enviada por uma “pessoa do convívio” de Marrafon. “Ela se empolgou com uma matéria jornalística em que eu me apresentava como pré-candidato, aí essa pessoa encaminhou a matéria e disse ‘peço o seu voto’, o que não pode. E a gente tem tomado todos os cuidados, em redes sociais e etc, a nossa discussão política é enquanto cidadania, ou seja, todas as pessoas são políticas em potencial, exercendo cidadania. A gente não fala em política eleitoral”, afirmou.
Marrafon deixou a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em 6 de abril, data limite para a desincompatibilização para o período eleitoral deste ano. O ex-secretário, que é presidente regional do PPS, faz parte da base de apoio do governador Pedro Taques (PSDB).
O ex-secretário afirmou ter coibido a atitude do apoiador, mas disse não acreditar que a investigação possa inviabilizar sua candidatura à Câmara dos Deputados.
“Não é um fato positivo, né... investigou e etc, parece uma coisa muito complicada. Mas a gente vai se defender, a Justiça Eleitoral está no papel dela, tem que cumprir exatamente isso. A gente acredita que isso vai ser uma questão muito difícil de eles lidarem no futuro. Com a mesma honestidade que eu estou dizendo que não fui eu. Também não estou dizendo que foi a oposição, que foi armação. Não foi isso, a gente já sabe. Mas poderia ser, poderia ser outro candidato. Então como vai lidar com isso?”, questionou.
Leia mais
Marrafon é investigado por enviar propaganda eleitoral para diretor do TRE