FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o líder indígena Raoni Metuktire estaria sendo usado pelo presidente francês Emmanuel Macron para falar mal da construção da Ferrogrão, ferrovia que pretende conectar a cidade de Sinop a Miritituba, no Pará.
Segundo Mauro, a ideia de Macron é criar mecanismos para barrar o desenvolvimento de Mato Grosso, com relação ao agronegócio.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Leia mais: Governador critica Raoni por pedido contra a Ferrogrão: "Está repetindo o Macron"
“Me diga porque o Raoni estaria contra a Ferrogrão se ela passa a centenas de quilômetros da reserva dele? [...] Já perguntei para ele e ele disse que quer conversar comigo”, disse Mauro durante entrevista ao programa Roda Viva, na segunda-feira (29).
“A Ferrogrão é um importante instrumento para melhorar a competitividade do agro do meu estado Mato Grosso. Os franceses, todos nós sabemos eles têm grande dificuldade em manter a sua agricultura a base de subsídios e é isso que está em jogo. Se aumenta a eficiência de um agro que já é muito competitivo no mundo inteiro, vai ser difícil americanos e principalmente os nossos amigos franceses e de alguns outros países que são produtores na Europa, conseguir competir com o Brasil”, completou.
Para Mauro, a visão é clara de que Macron financia pessoas aqui no Brasil para falar mal da Ferrogrão, com o intuito de atrapalhar a competitividade do Estado e do País.
“Com todo o respeito aos franceses, ao senhor presidente da França, mas ele sai de uma reunião com uma liderança indígena, ali que está a mais de 300 km de onde vai passar a Ferrogrão, e depois disso o cacique Raoni começa a falar mal da ferrovia. Ficou muito na cara que ele veio aqui com essa encomenda de capturar uma liderança indígena para dizer que a Ferrogrão ia ser ruim”, ressaltou.
Ferrogrão
Caso a Ferrogrão saia do papel, ela terá 933 quilômetros de extensão e conectará a região produtora de grãos do Mato Grosso, a partir de Sinop, ao estado do Pará, desembocando no porto de Miritituba, em Itaituba.
A ferrovia ficaria responsável pelo escoamento de mais de 50% da exportação de grãos de Mato Grosso (22% de todo o grão exportado do Brasil), proporcionando uma redução de R$ 50 por tonelada no frete do escoamento de grãos produzidos no estado.