FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União Brasil) rebateu a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que afirmou na última semana que 85% dos incêndios florestais ocorrem em propriedades privadas. Para Mauro, essa história de que o produtor seria responsável por colocar fogo em sua propriedade não passa de “burrice” e uma “lenda”.
"O que ela está dizendo não vale em Mato Grosso, até porque é uma burrice muito grande alguém achar que um produtor rural vai meter fogo na sua propriedade. Essa história é uma lenda que se inventou e não existe aqui, porque aquela palhada que fica ali após a colheita é extremamente importante pra próxima safra, quando queima é um grande prejuízo", disse Mauro nesta segunda-feira (16), em entrevista à Jovem Pan.
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“Tem gente que fica falando besteira por aí [...] Seria um prejuízo enorme para eles, queimar matéria prima”, completou.
Segundo dados levantados pelo Governo de Mato Grosso e apresentados pelo governador, a maioria dos focos de incêndio ocorre em áreas de conservação, e não em áreas produtivas.
"Em média, os focos de incêndio estão divididos no estado em 1,1% para cada 100 km² nas áreas produtivas, 4,7% em área de conservação, 5,2% em área indígena, e 6,5% dos focos de incêndio por 100 km² nos assentamentos, ou seja, nas pequenas propriedades", disse.
Ainda durante a entrevista, Mauro cobrou leis mais rigorosas para punir quem tem provocado incêndios criminosos no Estado.
“A lei é frouxa e eu já disse isso para a ministra Marina. O desmatamento ilegal só acontece no Brasil, porque a lei é frouxa. Eu já propus para a ministra, e ela não se movimentou, sobre a minha proposta que é criminalizar o desmatamento ilegal [...] Quem desmatar de forma ilegal que perca a terra”, ressaltou
“Tem gente que, por irresponsabilidade, por maldade ou por interesse criminoso, está colocando fogo no nosso estado. Isso não pode mais acontecer. Precisamos endurecer as leis e punir com rigor quem tenta destruir o nosso futuro, o nosso meio ambiente e a nossa produção”, finalizou.