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Cuiabá, 24 de Novembro de 2024
24 de Novembro de 2024

09 de Abril de 2024, 16h:55 - A | A

PODERES / TRÁFICO NA FRONTEIRA

Mauro estuda denunciar ao CNJ juiz federal que liberou traficantes presos com 420 kg de drogas

Traficantes foram presos no sábado, soltos no domingo e presos novamente nessa segunda (08).

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que vai pedir à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que estude a possibilidade de denunciar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o juiz federal Guilherme Mechelazzo Bueno, plantonista da Vara Federal de Cáceres, após o magistrado mandar soltar dois traficantes que haviam sido presos na região de fronteira com 420 kg de drogas.

O CNJ é o braço administrativo e financeiro do Poder Judiciário. Chefiado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o CNJ é único órgão que pode impor punições a magistrados que eventualmente incorram em irregularidades.

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“Eu vou pedir à minha Procuradoria do Estado que estude isso”, disse Mauro ao ser questionado pela imprensa durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (09).

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As prisões foram efetuadas no fim do último sábado (06), na rodovia estadual MT-265, em Porto Esperidião, região de fronteira com a Bolívia. Os dois criminosos, identificados como Marcos Antonio Rodrigues Lopes e Rosivaldo Poquiviqui Durante foram abordados em ação que integrava a Operação Protetor das Fronteiras e Operação Ágata, deflagradas pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron), pelo Exército Brasileiro e com apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Como é de praxe, os presos foram encaminhados para a delegacia de Polícia Federal de Cáceres, que os colocou à disposição da Justiça. No domingo (07), foram submetidos à audiência de custódia e liberados.

Na decisão, o juiz Guilherme Mechelazzo disse que os dois presos eram pobres, que não tinham intenção de serem criminosos, mas apenas aproveitaram uma oportunidade de dinheiro fácil.

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Após a repercussão negativa do caso, o juiz titular da Vara Federal de Cáceres, Francisco Antônio de Moura Júnior, determinou a suspensão dos alvarás de soltura e que os criminosos fossem presos novamente. As novas ordens de prisão foram cumpridas pelo Gefron e pela Polícia Federal ainda na noite dessa segunda-feira (08).

“Fico feliz com a reação e com a nova postura do judiciário federal, mas é lamentável porque não é a primeira vez que isso acontece em Mato Grosso e nem no Brasil. Isso tem sido recorrente. A um tempo atrás, aqui na Estrada de Chapada, foi preso alguém com 300 kg de maconha e parece que três dias depois ele estava solto”, disse o governador.

Mauro lembrou que o tráfico de drogas é um crime federal e que é o responsável por fomentar a atuação do crime organizado em todo o país e cobrou que o Congresso e o Judiciário tomem medidas para evitar esse tipo de interpretação das leis, que acabam por beneficiar os criminosos.

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“Nós temos que ter leis mais duras ou um Judiciário que realmente cumpra as leis existentes e não permitindo que haja esse tipo de interpretação beneficiando bandidos que causam grande risco à sociedade porque o tráfico de drogas ele tem um desdobramento gigantesco em outros crimes, fomentando e alimentando as cadeias criminosas em todo o país”, concluiu.

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