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Cuiabá, 23 de Dezembro de 2024
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12 de Janeiro de 2022, 15h:30 - A | A

PODERES / PRESSÃO POR REAJUSTE

Mauro: Penais querem se comparar com Polícia Civil, mas são carreiras diferentes

Governador afirmou que Estado vai manter diálogo com policiais penais, mas não deve conceder reajuste pretendido

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O governador Mauro Mendes (DEM) sugeriu que o governo estadual não deverá acatar as reivindicações dos policiais penais de Mato Grosso, que estão em indicativo de greve em busca de aumento salarial.

Segundo Mauro, o governo está aberto para o diálogo, mas se atém ao que é possível ser feito para não extrapolar os limites financeiros do Estado.

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“Podemos dialogar, conversar e vamos colocar os números na mesa. Eles mostram o salário inicial. ‘Ah, ganha R$ 3,4 mil?’. Eu pergunto: Quanto que ganha um profissional desse que trabalha na empresa de segurança privada? Eles querem se comparar com a Polícia Civil, mas são carreiras diferentes, concursos diferentes”, observou o governador, em entrevista à rádio CBN Cuiabá nessa terça-feira (11).

“Eu não posso deixar o Estado ficar pagando imposto só para pagar salário. Então, tem que ter muito cuidado com isso, eu já disse isso a eles. O governo vai tratar esse assunto sempre com muita responsabilidade. Não adianta fazer pressão porque não é na base da pressão que a gente resolve as coisas”, completou.

O indicativo de greve dos policiais penais foi aprovado ainda em dezembro, quando a categoria tentou uma primeira negociação com o governo estadual. Sem sucesso, foi deflagrada greve no dia 16 de dezembro, que durou até 2 de janeiro.

No dia 5, uma nova reunião com representantes do governo foi realizada. Ficou acordado que será feito um estudo para comparar os salários das forças de segurança de Mato Grosso e de policiais penais de outros estados. O resultado deve ser apresentado em 3 de fevereiro. Enquanto isso, a categoria manteve a greve suspensa.

O governador reconhece que o salário inicial da categoria dos policiais penais é mais baixo que os demais, mas pondera que, após a elevação de nível, a remuneração já se equipara. Ele ainda pondera que o salário médio da categoria é “muito próximo da Polícia Militar”, e que, considerando todo o funcionalismo do Estado, o salário médio do servidor público mato-grossense é o segundo melhor do país.

“Todo mundo tem direito de reivindicar, mas não é porque as pessoas reivindicam que o governo vai ceder. Porque, se para cada um que chegar lá e pedir aumento o governo der o aumento, nós vamos, daqui a pouco, quebrar o Estado, como estava quebrado quando eu entrei lá como governador”, finalizou.

Segundo dados do Portal da Transparência do governo, dos 2.517 policiais penais que atuam no Estado, apenas 215 estão na fase inicial de carreira (A e B) e recebem entre R$ 3,3 mil e R$ 5 mil.

Os 2.302 agentes restantes (91,4%) estão na fase C e D da carreira e recebem de R$ 6,7 mil a R$ 12,2 mil, com salário médio na faixa de R$ 8,05 mil. Os valores consideram a Revisão Geral Anual (RGA) de 7% que será paga neste ano.

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