APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) declarou que espera que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público tomem providências contra a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por conta da nova crise na saúde pública registrada nas últimas semanas. O chefe do Executivo estadual prevê mortes de pacientes caso não seja tomada nenhuma atitude no último mês da gestão de Pinheiro.
“Eu assinei, junto com o secretário de Saúde, um documento notificando o Ministério Público e o Tribunal de Contas e espero que todos tomem providências, porque está o caos. Vários equipamentos, vocês mesmo da imprensa já noticiaram aí que um monte de coisa parou no HMC. Imagina ao longo do mês dezembro”, disse o governador nesta sexta-feira (29).
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“Vai morrer gente aqui em Cuiabá se nada for feito durante esse período aí do apagar das luzes desse período das trevas na nossa cidade”, acrescentou Mauro.
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Além da paralisação dos serviços da UTI pediátrica do HMC (situação já resolvida) em função de atrasos nos pagamentos feitos à empresa APP Serviços Médicos, o Sindicato Médico de Mato Grosso denunciou o prefeito ao Ministério Público por atrasar os pagamentos dos profissionais que trabalham para a administração municipal.
A crise na Saúde já rendeu um cenário inédito em que o prefeito da Capital perdeu, por determinação da Justiça, o poder de gerir a Secretaria Municipal de Saúde por 10 meses ao longo de 2023. Atrasos nos pagamentos e descumprimentos de ordens judiciais foram decisivos para que a decisão fosse tomada, de forma colegiada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
A situação levantou a possibilidade de o Ministério Público pedir uma nova intervenção, já que a princípio o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) homologado pelo TJ estaria sendo descumprido.
Para Mauro Mendes, a maior intervenção possível foi feita pelo eleitorado cuiabano, em outubro passado.
“A grande intervenção o cidadão já fez, botou pra correr todo aquele grupo que está lá. Essa é a grande intervenção. (...) Alguém tem que tomar providência e quem tem que tomar providência chama Tribunal de Contas e Ministério Público”, concluiu.