facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 05 de Novembro de 2024
05 de Novembro de 2024

05 de Novembro de 2024, 12h:58 - A | A

PODERES / LIGADO À FACÇÃO

MP denuncia vereador de Cuiabá por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva

Paulo Henrique (MDB) foi acusado de fazer parte de facção criminosa.

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), denunciou o vereador de Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em razão dos indícios da sua atuação em conjunto com uma facção. 

Paulo Henrique é acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção por meio de shows e casas de festas em Cuiabá.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Na denúncia, o Gaeco afirma que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 20 milhões e pede o ressarcimento desse valor ao erário.

Foram denunciados também:

- José Maria de Assunção, fiscal da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SORP) e assessor parlamentar que atuava com o vereador e outro fiscal no esquema de corrupção para flexibilização das fiscalizações realizadas em casa de shows e eventos em Cuiabá;

- José Marcio Ambrosio Vieira, “testa de ferro”, que recebia valores do esquema criminoso e repartia entre Paulo Henrique e José Maria, conforme as orientações do vereador;

- Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, Agente de Regulação e Fiscalização da SORP, que beneficiava a facção na flexibilização das fiscalizações realizadas nas casas noturnas utilizadas para a lavagem de dinheiro;

- e Ronnei Antônio de Souza da Silva, proprietário do Quiosque do Xomano, que fazia pagamentos semanais para receber proteção fiscal do seu estabelecimento.

O processo tramita em segredo de justiça, mas foi noticiada na edição desta terça-feira (05) do jornal A Gazeta.

Paulo Henrique foi preso no dia 20 de setembro, alvo da Operação Ragnatella - Pubblicare, conjunta entre as forças federais e municipais de segurança. Ele foi acusado pelo juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de ser o líder do esquema criminoso.

LEIA MAIS: Juiz: Paulo Henrique era líder de organização criminosa e cargo foi essencial para lavagem de dinheiro

Cinco dias após a prisão, o vereador foi solto com uma série de medidas cautelares, como afastamento do cargo e uso de tornozeleira eletrônica.

LEIA MAIS: Justiça manda soltar vereador Paulo Henrique com tornozeleira eletrônica

Comente esta notícia