DO REPÓRTERMT
A ex-vereadora Edna Sampaio (PT), cassada por envolvimento em um suposto esquema de rachadinha no Legislativo Municipal, informou possuir um patrimônio 38% maior do que o declarado seis anos atrás. Ela vai disputar uma das 27 cadeiras da Câmara de Cuiabá sub judice.
Na eleição de 2024, Edna declarou apenas um apartamento, localizado no bairro Quilombo, avaliado em R$ 1,5 milhão. Em 2018, quando concorreu ao cargo de deputada estadual, Edna havia informado um patrimônio de R$ 1,08 milhão.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Naquela época, o apartamento tinha um valor estimado em R$ 900 mil. A ex-vereadora ainda possuía uma quota de uma propriedade rural de três hectares em Santo Antônio do Leverger, estimada em R$ 180 mil.
Em 2020, quando se elegeu vereadora, Edna declarou apenas o referido apartamento, ainda com a estimativa de preço de R$ 900 mil. Em 2022, em uma nova tentativa de se eleger deputada estadual, Edna declarou novamente apenas o apartamento.
Na eleição deste ano, Edna Sampaio apresentou uma candidatura coletiva com outras duas mulheres negras: Daiely Cristina e Neusa Baptista. Apesar do nome “3 Pretas” constar na urna, na prática quem vai exercer o mandato é Edna, já que esse tipo de candidatura é considerada pela Justiça Eleitoral como um tipo de “acerto informal” entre os seus integrantes.
Cassação
Edna Sampaio foi cassada pelo plenário da Câmara Municipal de Cuiabá no dia 6 de junho deste ano. Dos 20 vereadores presentes na sessão, 19 votaram no sentido de tirar do cargo a vereadora diante da acusação de obrigar uma ex-chefe de gabinete a devolver a verba indenizatória que recebia como parte do seu salário.
Esse dinheiro é uma forma de ressarcir o chefe de gabinete por gastos com combustível e alimentação, por exemplo, em razão da natureza dessa atividade profissional.
Conforme revelado pela imprensa, o marido de Edna, Willian Sampaio, atuava como “cobrador”, lembrando a ex-servidora de que ela deveria transferir o dinheiro para uma conta controlada por Edna.
Isso durou por quatro meses, período em que a servidora devolveu à Edna o valor de R$ 20 mil. Laura Abreu foi demitida e, por conta dessa decisão, a Câmara teve que pagar à Laura uma indenização de R$ 70 mil.
Outro lado
É falso que a verba indenizatória é “uma forma de ressarcir o chefe de gabinete por gastos com combustível e alimentação, por exemplo, em razão da natureza dessa atividade profissional”, a qual dá entender que ela se destina ao uso particular do chefe de gabinete. Na verdade, a lei manda que o recurso seja gasto em atividades do mandato parlamentar.
É falso que “conforme revelado pela imprensa, o marido de Edna, Willian Sampaio, atuava como “cobrador”, lembrando a ex-servidora de que ela deveria transferir o dinheiro para uma conta controlada por Edna”. Na verdade, Willian Sampaio é membro do nosso mandato e, como tal, atua para auxiliar em seu andamento, no que for necessário.
E a conta é conjunta, portanto, é controlada por ambas, chefe e vereadora. Portanto, o recurso não foi “devolvido à vereadora”, mas direcionado às despesas do mandato.
É falso que Laura tenha sido exonerada porque “... a vereadora entendeu que a sua gestação estava prejudicando o seu rendimento no trabalho. Por conta dessa decisão, a Câmara teve que pagar à Laura uma indenização de R$ 70 mil”.
Na verdade, Laura foi exonerada por problemas no desempenho de suas funções e a indenização a que fez jus é um direito garantido a qualquer gestante nas mesmas condições.
Diante disso e visando o combate às fake news, pedimos retificação das informações e a publicação desta nota.
Jose 13/08/2024
Com rachadinha tem que aumentar, senão como vai manter o PT sem rachadinha. Kkk...jose
1 comentários