RAFAEL COSTA
DO REPÓRTER MT
A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar a deputada federal Coronel Fernanda (PL), pela suspeita de organizar caravanas para transportar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de Mato Grosso a Brasília, para participar dos atos de 8 de janeiro, que culminaram na depredação dos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada pelo jornalista Aguirre Talento, do portal de notícias UOL.
O pedido de abertura de inquérito será julgado pelo ministro Alexandre de Moraes, que já autorizou investigação da PF contra outros três parlamentares do PL pela suspeita de incitação à violência. Trata-se de André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP).
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As suspeitas envolvendo a Coronel Fernanda vieram à tona a partir do depoimento da aposentada Gizela Cristina Bohrer, 60, moradora de Barra do Garças (509 km a Leste de Cuiabá).
Em depoimento à PF, ela disse que viajou para Brasília em um ônibus patrocinado pela Coronel Fernanda, em conjunto com os candidatos derrotados Rafael Yonekubo (PTB) e Analady Carneiro (PTB). O primeiro foi candidato a deputado estadual e a segunda a uma vaga na Câmara dos Deputados.
A Coronel Fernanda já deu declarações públicas de que conheceu a aposentada moradora de Barra do Garças em meio à disputa ao Senado, na eleição suplementar de 2020. Porém, alega que depois disso jamais manteve qualquer contato.
Rafael e Analady também negaram qualquer envolvimento com o financiamento dos atos e disseram que o depoimento da aposentada foi distorcido pelo jornalista do UOL.
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