RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Após a polêmica de que poderia abandonar a pré-candidatura ao Senado, para não ter que subir no mesmo palanque que o MDB, a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) afirmou que não há incômodo com o partido do qual fazia parte do ex-governador Silval Barbosa, que ela condenou por corrupção. Segundo ela, o veto seria dividir palanque com o PCdoB, que também faz parte do arco de alianças da pré-candidatura ao Governo do senador Wellington Fagundes (PR).
"Pertubaram o que eu falei. Eu não disse que não vou por causa do MDB. Eu disse que não vou por que lá está o PCdoB, e existe uma vedação nacional do PSL que proibe coligar com o PCdoB, PSOL, PT e outros partidos de esquerda", disse Selma.
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A declaração veio após entrevista à rádio Capital FM, na quinta-feira (5), na qual afirmou que não venderia sua alma a uma coligação que tenha partidos de ideologias de esquerda e o MDB.
"Pertubaram o que eu falei. Eu não disse que não vou por causa do MDB. Eu disse que não vou por que lá está o PCdoB, e existe uma vedação nacional do PSL que proibe coligar com o PCdoB, PSOL, PT e outros partidos de esquerda", disse Selma.
O presidente do PSL, deputado federal Victório Galli comentou ao que não quer colocar Selma em uma coligação que a deixe desconfortável. A juíza tem ameaçado desistir da candidatura ao Senado para evitar incoerências de suas ideias, já que tem como principal bandeira o combate à corrupção.
Na quarta-feira (4), a juíza aposentada e Galli, estiveram no gabinete do senador Wellington Fagundes, em Brasília, para discutir conjuntura política e possível formação de aliança para disputar as eleições.
Galli busca uma chapa na qual possa viabilizar seu projeto de reeleição à Câmara Federal, listada como prioridade número dois no PSL, ficando atrás da campanha ao pré-candidato à Presidência, Jair Bolsonaro. Mas, a possibilidade foi descartada, pois o PCdoB está no arco de alianças da possível chapa de Wellington.
Além de dialogar com Fagundes, o partido tem buscado aproximação com chapa liderada pelo governador Pedro Taques (PSDB), que deve ser candidato à reeleição.
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