FERNANDA ESCOUTO
APARECIDO CARMO
A vereadora de Cuiabá Edna Sampaio (PT) foi cassada, com 20 votos, durante sessão extraordinária, nesta quarta-feira (11), por se apropriar da Verba Indenizatória (VI) de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. Cinco vereadores não compareceram. Veja ao final da matéria os nomes.
A sessão extraordinária foi convocada, na segunda-feira (9), pelo presidente da Casa de Leis, vereador Chico 2000, devido ao feriado do dia 12 de outubro.
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A vereadora não participou da sessão, qual ela chamou de “ilegal”, e fez uma live nas redes sociais. Mais cedo, ela disse à imprensa que faria a sua defesa em seu gabinete.
"Vou fazer minha defesa no meu gabinete para as pessoas que de fato querem ouvir o que significa. Eu não vou fazer no plenário, porque eu não vou dar palco para ilegalidade”, disse ela, poucas horas antes da cassação.
A sessão foi marcada por discursos na tribuna, como o do vereador Luís Cláudio (PP), Dilemário Alencar (Podemos), Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania) e das vereadoras Michelly Alencar (União) e Maysa Leão (Republicanos). Todos destacaram que Edna deveria ser cassada por quebra de decoro parlamentar.
Antes de começar a votação do relatório, o presidente da Casa de Leis, vereador Chico 2000 (PL), deu um prazo de 30 minutos para que a vereadora comparecesse ao Plenário, mas ela não foi. O advogado efetivo da Câmara, Pedro Henrique Nunes de Oliveira fez a defesa da petista.
Edna é a sexta vereadora da Câmara de Cuiabá a ser cassada. O suplente da parlamentar, é o professor Robson Ciréia (PT).
Relembre o caso
O caso começou no dia 3 de maio, após denúncia veiculada na imprensa. Vieram à tona prints de comprovantes de transferências bancárias, mensagens em áudio e conversas por WhatsApp que atestaram o envolvimento da vereadora no esquema.
Um áudio mostrava o marido da vereadora, Willian Sampaio, cobrando que a então chefe de gabinete fizesse a transferência do dinheiro para a vereadora. Posteriormente, em oitiva na Comissão de Ética, Laura disse que o dinheiro era transferido em sua totalidade para uma conta em nome da parlamentar.
Segundo Laura, ela só se deu conta de que algo estava errado com o modo como o dinheiro era tratado durante a gestão do gabinete da vereadora quando leu uma reportagem sobre o caso de sua demissão, enquanto estava grávida, que apontava seus rendimentos como sendo formados por R$ 7 mil de salário e R$ 5 mil de verba indenizatória. Segundo ela, só recebia 70% desse valor do salário e sempre devolveu a VI.
Edna, por sua vez, confessou, que todas as quatro chefes de gabinete da parlamentar eram orientadas a devolver a verba indenizatória que recebiam em sua conta bancária pessoal.
Vereadores ausentes
Mário Nadaf (PV) – Justificou ausência
Eduardo Magalhães (Republicanos) – Justificou ausência
Dr. Ricardo Saad (PSDB) – Justificou ausência
Paulo Henrique (PV)- Justificou ausência
Edna Sampaio (PT)
Jorge Melles 11/10/2023
Fim da novela da GLOBETE!!!
1 comentários