MÁRIO ANDREAZZA
DA REDAÇÃO
Deuzuilde Soares Gomes, 41 anos, Ronaldo Aparecido de Freitas, 26, Lucas Henrique da Silva, 20, e Pedro Júnior de Oliveira Dias, 24, são as vítimas executadas a tiros na cabeça enquanto jogavam baralho e consumiam drogas na noite dessa quarta-feira (29) numa casa próxima ao cemitério no Centro de Dom Aquino (166 km da Capital).
Informações preliminares da Delegacia de Polícia Civil apontam que todos os acusados têm passagens criminais. Um saiu recentemente da Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, e ainda tinha dívidas com a organização criminosa. Outro responde por latrocínio, roubo seguido de morte.
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Chamou atenção dos policiais a quantidade de drogas encontrada na residência, usada tanto para consumo, quando para o tráfico.
De acordo com o delegado Ricardo de Oliveira Franco, pelo ‘modus operandi’ das execuções, históricos criminais das vítimas e pelo fato de no local do crime haver grande quantidade de drogas, a linha de investigação da Polícia Civil, inicialmente, é um possível acerto de contas e disputa interna dos integrantes pela liderança do Comando Vermelho na região de Dom Aquino.
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O caso
Criminosos invadiram a residência, que supostamente funcionava como ‘boca de fumo’, onde os quatro rapazes jogavam baralho e foram emboscados. Os bandidos ‘abriram fogo’ e Deuzuilde, Ronaldo e Pedro morreram ainda na casa. Lucas conseguiu correr, tentando salvar a vida, mas não resistiu aos ferimentos, caiu na rua e morreu na frente do imóvel.
Todos foram alvos de diversos tiros, inclusive na cabeça, mais uma característica de execução.
Equipes de emergência foram acionadas, mas apenas constataram as mortes.
A Polícia Militar (PM) isolou a cena do crime e comunicou o fato à Delegacia de Polícia Civil e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), responsáveis pelos procedimentos no andamento da ocorrência.
Os militares ainda ouviram moradores da região, no entanto, esses apenas disseram que ouviram estalos, mas acharam que fossem chumbinhos, nada de estranhar. Ainda que não notaram nenhuma movimentação estranha na rua e não viram os assassinos.
Os policiais ainda saíram em patrulhamento pela região, mas não encontraram suspeitos de envolvimento na chacina.
Peritos analisaram todo o perímetro do crime e analisou as condições em que os corpos foram encontrados, para coletar evidências que determinem as circunstâncias das execuções e ajudem a identificar os assassinos.
Em seguida, os cadáveres foram removidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde passaram por exames de necropsia, que irão apontar as causas clínicas das mortes.
Dentro do imóvel, enquanto acompanhava os trabalhos da perícia, os investigadores encontraram diversas capsulas de munição, porções de maconha, cachimbo e pedras de pasta base de cocaína.
Com informações preliminares, a Polícia Civil deu início às investigações.