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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

04 de Abril de 2023, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO ATIVO OCULTO

Advogada era "laranja" em aluguel de imóveis de alto padrão para mulher de Sandro Louco

Adriana Borges Souza da Mata atuava diretamente nos interesses do Comando Vermelho, principalmente de Sandro Louco e Thaisa Rabelo.

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT



A advogada Adriana Borges Souza da Mata foi presa pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta segunda-feira (03). Ela estaria ligada de forma direta com Thaisa Rabelo, esposa de Sandro Louco, principal liderança da organização criminosa em Mato Grosso.

De acordo com as apurações do Gaeco, a jurista atuava diretamente nos interesses da organização criminosa e, principalmente, do casal. Adriana seria como “laranja” para ocultar a vida luxuosa de Thaisa Rabelo.

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O Gaeco apontou que a advogada foi responsável pelo contrato de locação ideologicamente falso, dos imóveis de alto padrão nos quais Thaisa residiu, sendo um no Condomínio Brasil Beach Home Resort Cuiabá e outro no Condomínio Florais da Mata.

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“Adriana Borges Souza da Mata consta como locatária do imóvel no Condomínio Florais da Mata, com valor de locação em R$ 9.6 mil mensais, em que pese, pela análise documental, nunca ter de fato residido nos imóveis”, diz trecho do pedido de prisão da advogada.

Conforme a apuração, a advogada serviu de laranja no aluguel como estratégia de dissimulação dos valores, já que Thaisa não tinha ocupação lítica, não podendo arcar com tal valor de locação.

Os relatórios financeiros também apontaram que Adriana teria realizado transferências bancárias de R$ 233.895,50 a uma pessoa identificada como Cidiney Rodrigues Ferreira, através de 61 operações financeiras.

Ela também ‘alugou’ um token e uma conta bancária, pelo custo mensal de R$ 2 mil, apontaram os investigadores. As contas seriam usadas para lavar valores oriundos das ações do Comando Vermelho.

Operação Ativo Oculto

A advogada Adriana Borges Souza da Mata foi presa pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta segunda-feira na segunda fase da Operação Ativo Oculto. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.

A primeira fase da operação foi desencadeada no dia 23 de março de 2022, fundamentada em investigação instaurada pelo Gaeco visando apurar delitos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores auferidos em decorrência das atividades de uma organização criminosa.

Entre os presos, estão a mãe e a esposa de Sandro Louco, Irene Rabelo Holanda, 78 anos, e Thaisa Souza de Almeida, respectivamente.

As investigações apontam que Thaisa de Almeida é conhecida como "Patroa" pelos integrantes do CV e considerada uma das chefes da organização criminosa. Com a idosa, mãe de Sandro, foi apreendida uma arma calibre 38 sem registro, além de R$ 36,5 mil.
Além delas, 34 membros do Comando Vermelho também foram alvos da operação.

Ainda na primeira fase, os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis. Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia.

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