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Cuiabá, 26 de Novembro de 2024
26 de Novembro de 2024

05 de Abril de 2024, 17h:10 - A | A

POLÍCIA / "HOMEM DE CONFIANÇA"

Advogado curtiu show nacional com tesoureiro do CV e movimentou R$ 3 milhões em contas bancárias

O jurista foi preso na terça-feira (2), durante a "Operação Apito Final" deflagrada pela Polícia Civil

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (Gcco) apontam que o advogado Jonas Candido da Silva era considerado um "testa de ferro" e homem de confiança de Paulo Witer, o “W.T", identificado como tesoureiro do Comando Vermelho em Cuiabá e proprietário do time de futebol amador Amigos WT. Uma foto extraída de um aparelho celular mostra os dois em um show nacional da dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano, em Cáceres (212 km de Cuiabá).

O jurista foi preso na terça-feira (2), durante a Operação Apito Final, que investiga uma quadrilha que lavava dinheiro do tráfico de drogas em comércios e com o futebol amador na Capital. 

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O relatório policial que embasou a operação, ao qual o RepórterMT teve acesso, também demonstra que o advogado ajudou W.T e a companheira dele, Cristiane Patrícia, na compra de um imóvel em um condomínio de Cuiabá. Os extratos da compra mostram que Jonas declarou um valor muito abaixo do valor real do imóvel.

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Uma quebra de sigilo bancário contra o advogado mostrou que o último salário dele foi no valor de R$ 4 mil da Câmara Municipal de Cuiabá. Mas, ele realizou transferências bancárias de R$ 1.561 milhão em crédito e R$ 1.560 milhão em débitos para outros alvos da investigação.

Operação Apito Final

Deflagrada na segunda-feira (02), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Conforme as investigações, após deixar a prisão, em outubro de 2021, Paulo Witer, que já integrava a facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos, além de um time de futebol amador, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores. Apenas no período apurado, a movimentação alcançou R$ 65,9 milhões.

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