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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
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03 de Setembro de 2020, 13h:49 - A | A

POLÍCIA / MORTE NO ALPHAVILLE

Advogado da mãe de Isabele acredita em prisão de empresário e filha atiradora

Hélio Nishiyama, em entrevista ao RepórterMT, Advogado afirma que atiradora trocou de roupa para esconder provas e que há requisitos necessários para as cautelares

ANDRÉIA FONTES
DA REDAÇÃO



Advogado que representa a família de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, Hélio Nishiyama defende a prisão do empresário Marcelo Cestari e a apreensão da filha dele, a adolescente B.O.C., autora do disparo que matou Isabele. Ele destaca que os requisitos necessários para as cautelares estão presentes e enfatiza que está muito claro que não há intenção da acusada em contribuir com o processo.

Em entrevista ao , Nishiyama destacou que a expectativa da família da vítima é que o Ministério Público denuncie os acusados pelos mesmos crimes que foram indiciados pela Polícia Civil. “O MP, os promotores envolvidos, são completamente comprometidos com a Justiça. Acho que vão seguir a mesma capitulação da polícia, é a tendência, até porque a capitulação da polícia vem muito bem embasada tecnicamente. Aí vai ficar a partir da linha de convicção dos promotores os pedidos de prisão”.

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"Seria uma situação adequada essa segregação até para preservar as próximas provas que serão produzidas na ação penal", defende advogado Hélio Nishiyama

Marcelo foi indiciado por quatro crimes: homicídio culposo (sem intenção), posse ilegal de arma de fogo, fraude processual e entregar arma para adolescente. A adolescente que matou Isabele foi indiciada por crime análogo ao homicídio doloso (com intenção).

Hélio Nishiyama enfatiza que embora o homicídio culposo não comporte a prisão, de acordo com o que determina a legislação brasileira, Marcelo Cestari foi indiciado por outros crimes doloso, sobretudo por fraude processual. “Seria uma situação adequada essa segregação até para preservar as próximas provas que serão produzidas na ação penal”.

Quanto à adolescente, o advogado destaca, primeiro, que ela apresentou uma versão que já foi desmentida pela perícia e não demonstra qualquer interesse em contribuir com a Justiça. “Quando a gente olha a situação da adolescente, é um crime violento, há uma necessidade de garantir ordem pública, nas suas mais diversas acepções, tanto no que se refere ao clamor social, como no que se refere à gravidade concreta da conduta”.

"E qual é a relevância dela (adolescente que atirou) trocar de roupa? A roupa tem sinais de sangue, é um dos elementos que identifica o autor do disparo", afirma advogado que representa família da vítima

Nishiyama reforça o fato da adolescente ter tomado banho e trocado de roupa logo após o crime. “A própria adolescente já deu demonstrações que não pretende contribuir com as investigações. Isso porque ela trocou de roupa, para esconder sinais do crime. Não foi ela quem contou que trocou de roupa e não foi ninguém da família Cestari. Foi a vizinha e se não fosse a vizinha até hoje não teria descoberto que ela trocou de roupa. E qual é a relevância dela trocar de roupa? A roupa tem sinais de sangue, é um dos elementos que identifica o autor do disparo”.

Por último, aponta a ausência de B. na reconstituição do crime. “Ela já deu sinais que não pretende contribuir. Ela não quis participar da reconstituição. Foi dada a ela o direito dela ir lá e mostrar, em tese, que a versão dela era verossímil. Estava com atestado médico, mas nem pediu para remarcar. Se fosse um problema emocional teria solicitado para fazer depois. A verdade é que ela não quis participar. É direito dela, mas é indicativo que não pretende contribuir. Ela foi lá contou uma versão, a perícia mostrou que a versão é inverídica, foi dada uma nova chance para ela, mas ela não quis comparecer e esclarecer”.

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