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Cuiabá, 17 de Setembro de 2024
17 de Setembro de 2024

08 de Julho de 2024, 16h:40 - A | A

POLÍCIA / ATUA EM CAUSA PRÓPRIA

Advogado que tentou matar ex-namorada diz que agiu em legítima defesa: "Ela é mais forte e maior"

Nauder Junior Alves Andrade será julgado pelo Tribunal do Júri por feminicídio tentado.

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



O advogado Nauder Junior Alves Andrade, que assumiu a própria defesa na ação em que é julgado pela tentativa de feminicídio da ex-namorada, entrou com recurso para que seu julgamento não seja feito por meio de júri popular. No pedido, ele alega que foi a ex, que ele diz ser mais alta e mais forte que ele, que o agrediu, de modo que ele teria agido apenas para se defender.

Nauder foi preso em agosto de 2023, dentro de uma clínica de reabilitação. Ele é acusado de espancar a namorada até ela ficar desacordada dentro de um apartamento em Cuiabá. A vítima teria negado manter relação sexual, o que deixou o acusado irado. 

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No recurso apresentado pelo acusado, ele alega que as provas não demonstram a intenção de matar, mesmo que a vítima tenha sido atingida em uma área vital. E em no entendimento do acusado, isso não justifica a pronúncia de tentativa de homicídio qualificado. O advogado pede que o caso seja julgado como lesão corporal leve.

Ele ainda explica que agiu por legítima defesa, onde revidou as agressões da vítima que, segundo ele, é mais forte e maior que ele.

Por fim, ele descreve o caso como uma situação em que ambos estavam entorpecidos, resultando em uma briga de lesões de ambas as partes.

“O que realmente se deu na data dos fatos é que o acusado se defendeu das agressões sofridas pela suposta vítima que tem o tamanho e força bem superior ao do acusado e acabou causando lesões corporais na vítima como também sofreu agressões pela vítima”, diz trecho.

A juíza Ana Graziela Vaz Campos Corrêa irá analisar o pedido.

Como publicado pelo RepórterMT na época dos fatos, a vítima estava em casa com o advogado quando ele saiu do quarto para usar drogas e depois tentou manter relações sexuais com ela, que se recusou. Após a negativa, passou a agredi-la com socos, chutes e xingamentos.

Após o início da sessão de agressões, a engenheira tentou fugir para outros cômodos da casa, mas o bandido a alcançou e continuou o espancamento, inclusive usando uma barra de ferro. Ela conseguiu escapar e pediu ajuda em um condomínio próximo.

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