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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

22 de Julho de 2020, 14h:13 - A | A

POLÍCIA / MORTE NO ALPHAVILLE

Amigos de Isabele e da jovem atiradora prestam depoimento especial

Adolescentes são ouvidos na Deddica, em uma sala especial e com técnica específica para coleta de depoimentos de menores de idade; intenção é coletar informações novas sobre o fato e conhecer melhor a relação entre ‘acusada’ e vítima

MÁRIO ANDREAZZA
DA REDAÇÃO



Adolescentes que moram no condomínio Alphaville 1, bairro Jardim Itália, em Cuiabá, foram ouvidos, durante a manhã desta quarta-feira (22), em depoimento na Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) no caso Isabele Guimarães, que foi morta por um tiro que atravessou sua cabeça disparado pela menor B.O.C, dentro da casa da família Cestari.

Um dos adolescentes estava na residência na hora do disparo. O outro é vizinho. Ambos conheciam bem B.O.C. e também conheciam Isabele. O objetivo é coletar informações adicionais, já que os menores podem ter informações sobre os fatos que ajudem a polícia a ‘entender’ detalhes e ainda conhecer melhor como era a relação das envolvidas.

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Os depoimentos foram colhidos numa sala especial dentro da delegacia com estrutura técnica preparada para receber crianças e adolescente com acolhimento lúdico e conta com equipamentos para gravação dos depoimentos. A técnica para coleta de depoimento de crianças e adolescentes é prevista em lei federal que garante os direitos dos menores de idade, que só poderão falar uma vez, para que não passem novamente pelos procedimentos em unidade policial.

Depoimentos

A Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) continua os trabalhos de oitivas na unidade. B.O.C. e o pai Marcelo Cestari foram ouvidos quando o inquérito ainda estava com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Já o namorado e o sogro da jovem atiradora foram ouvidos na Delegacia do Adolescente na última segunda-feira (20), após a casa da família ser alvo de um mandado de busca e apreensão na última sexta-feira (17), onde foram apreendidas 18 armas de fogo.

Ainda na sexta, a casa da família Cestari também foi alvo de mandado de buscas e nova perícia, desta vez, com uso de material químico luminol, para verificar se havia vestígios de sangue pela residência que comprovem ou não queo corpo de Isabele foi removido de um ponto para outro. A operação foi deflagrada a pedido do Delegado Wagner Bassi para tirar ‘dúvidas’ quanto aos fatos apurados até aquele momento.

Na manhã dessa terça-feira (21) a mãe de ‘Bel’ também prestou depoimento na DEA pela primeira vez, procedimento que durou cerca de três horas.

Reconstituição do Crime

Informações preliminares apontam que uma reconstituição de todos os fatos, em ordem cronológica, está sendo discutida para os próximos dias, porém, ainda sem data marcada. O delegado estaria esperando os resultados da nova perícia, assim como a análise das imagens de segurança do condomínio no dia dos fatos e balística de todas as armas apreendidas.

O mesmo vale para novos depoimentos dos principais suspeitos: Marcelo Cestari, a filha B.O.C., o namorado da adolescente e o sogro, que também deverá ser feito após os resultados e análises, de acordo com a necessidade de mais explicações, caso a perícia não confirme algum fato relatado no primeiro depoimento.

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