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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

24 de Agosto de 2023, 11h:00 - A | A

POLÍCIA / MEIO CRUEL

Assassino da advogada Cristiane Tirloni é indiciado por estupro, feminicídio e por fraudar cena do crime

RAFAEL COSTA
JOÃO AGUIAR



A Polícia Civil indiciou o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis por feminídio quadruplamente qualificado pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48 anos, no dia 13 deste mês.

O inquérito concluído pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também o indiciou pelos crimes de estupro, que ocorreu antes da morte da vítima, e por fraude processual, em razão de ter limpado a cena do crime com creolina e sabão em pó, numa tentativa de dificultar as investigações.

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"Ficou constatado, evidenciado através de novas técnicas materiais, a violência sexual, o crime de estupro. Seguido do homicídio quadruplamente qualificado. As qualificadoras são: a futilidade do crime; recurso que impossibilitou a defesa da vítima; a asfixia; meio cruel, diante da quantidade de espancamento que a vítima sofreu; o feminicídio; e também o meio para garantir a impunidade de um crime antecedente", disse o delegado titular da DHPP, Marcel Gomes de Oliveira, durante coletiva nesta quinta-feira (24).

Agora, o inquérito será remetido ao Ministério Público de Mato Grosso, a quem cabe a responsabilidade de oferecer a denúncia criminal ao poder Judiciário. Somada, a pena ao criminoso poderá ultrapassar 50 anos de cadeia.

O inquérito entendeu que o feminicídio foi praticado mediante recurso que impossibilitou defesa da vítima; feminicídio; asfixia, proveniente de um tamponamento, pois o acusado pressionou a perna na barriga de Cristiane e também pela utilização de utilizado um travesseiro para finalizar a asfixia; e motivo fútil.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a vítima sofreu lesões ainda no quarto, e, em seguida, foi assassinada. Todas as pias da casa tinham presença de sangue nas torneiras e nos ralos. A perícia constatou diversas manchas de sangue nas quinas dos móveis onde a vítima teria batido a cabeça. Ela apresentava diversas lesões no crânio, além de vários hematomas no rosto.

Após o assassinato, o criminoso levou o corpo para o carro da vítima, quando assumiu o volante e deixou o corpo dentro do veículo estacionado no Parque das Águas, localizado no Centro Político Administrativo (CPA). Em seguida, o criminoso acionou pelo celular um motorista de aplicativo para transportá-lo até a sua residência no bairro Santa Amália, em Cuiabá.

A advogada Cristiane Tirloni havia passado o dia 13, sábado, em um churrasco com amigos. Aproximadamente às 22h, foi até a um bar localizado nas proximidades da Arena Pantanal, onde conheceu Almir dos Reis. Naquele mesmo dia, ela aceitou o convite para ir até a casa do criminoso.

Ela deixou duas filhas, uma de 20 e outra de 14 anos.

Há mais de oito anos, Cristiane trabalhava na defesa de crianças vítimas de violência na Justiça. Nos últimos meses, ela atuava na formação jurídica por meio de cursos para novos empreendedores que queriam abrir o primeiro negócio.

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