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Cuiabá, 23 de Novembro de 2024
23 de Novembro de 2024

25 de Outubro de 2024, 10h:24 - A | A

POLÍCIA / CASO ZAMPIERI

Assassino de advogado promete citar nomes de pessoas com foro privilegiado; juíza impõe sigilo ao processo

Defesas dos réus também deverão levar para os autos trechos de conteúdo extraído dos celulares apreendidos, inclusive de Zampieri.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, impôs segredo de Justiça ao processo que apura o assassinato do advogado Roberto Zampieri depois que Antônio Gomes da Silva, apontado como o assassino, prometeu revelar nomes de pessoas com foro privilegiado que teriam participado do crime. A decisão é dessa quinta-feira (24).

Na audiência de instrução, realizada em julho deste ano, Antônio disse que revelaria o nome de quem o havia contratado durante o tribunal do júri por temer pela sua vida. Na época, ele disse que os outros réus, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o coronel Etevaldo Caçadini de Vargas não teriam participado do crime.

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Conforme a decisão da magistrada, a defesa de Antônio prometeu textualmente juntar ao processo “nomes de terceiros com investigações em andamento, pessoas com foro privilegiado”.

A decisão também levou em consideração que as defesas dos réus prometeram levar para os autos trechos dos conteúdos extraídos dos celulares apreendidos, incluindo o celular do advogado Roberto Zampieri.

“De fato, a partir do momento que os Defensores informaram que trarão para os autos conteúdos que podem devassar a intimidade da vítima, de outros investigados e de terceiras pessoas estranhas ao processo, há necessidade de se garantir, doravante, o sigilo externo do processo, como já determinado pelo Excelentíssimo Des. Juvenal Pereira da Silva, DD. Corregedor Geral da Justiça, nos autos da sobredita correição parcial”, diz trecho da decisão da magistrada.

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O conteúdo do telefone celular de Roberto Zampieri é extremamente delicado. A partir da análise do conteúdo extraído, dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso foram afastados do cargo em agosto e outros cinco foram afastados do TJ de Mato Grosso do Sul nessa quinta-feira (24), todos acusados de venda de sentenças.

Além disso, a Polícia Federal investiga se servidores e ministros do Superior Tribunal de Justiça estariam envolvidos no esquema. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também acompanha de perto o caso.

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