DO REPÓRTERMT
Edgar Ricardo de Oliveira, acusado de assassinar sete pessoas, em Sinop, em fevereiro do ano passado, xingou as vítimas de “vagabundas” e disse que “todos eram farinha do mesmo saco” e “mereciam morrer”.
Os detalhes do crime foram revelados pelo investigador da Polícia Civil Wilson Cândido de Souza, durante depoimento no julgamento do réu, que ocorre nesta terça-feira (15).
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“Assim que foi pego, ele falou que todos aqueles que ele matou não valiam nada e que todos eram farinha do mesmo saco, todos vagabundos. Só que ele não deu uma explicação com quem que ele tinha problema, qual era o problema. Ele simplesmente só falou que todos eram vagabundos e que mereciam”, disse.
O crime aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2023, quando Edgar e seu cúmplice, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, perderam duas partidas de sinuca em um bar. Irritado em ter perdido o jogo e o dinheiro, Edgar jogou o taco em cima da mesa e deu sinal para que Ezequias sacasse uma pistola e rendesse às vítimas.
Nesse momento, o autor da chacina foi até uma caminhonete buscar uma espingarda calibre 12. Em seguida, ele seguiu em direção às vítimas e disparou contra elas. Duas pessoas foram alvejadas por Ezequias quando já estavam caídas no chão.
No vídeo da câmera de segurança do estabelecimento, é possível ver, claramente, que os dois atiradores pedem para que algumas vítimas fiquem viradas para a parede antes de atirarem. Algumas pessoas tentam correr, mas são atingidas fora do bar. Uma delas é uma menina de 12 anos. O pai dela também morreu.
Questionado o porquê teria matado a adolescente, Edgar disse que não tinha intenção de matá-la.
“Quando perguntamos da menina, a conversa cessou, acabou por aí”, pontuou o policial.