APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O casal Aníbal e Elenice Laurindo, apontados como mandantes da morte do advogado Roberto Zampieri, foram alvo de uma ordem de busca e apreensão na última sexta-feira (12), em Rondonópolis. Na ocasião foram apreendidos os celulares dos investigados. Contudo, segundo os investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) constataram que eles estavam com aparelhos novos.
Após a operação de busca e apreensão o casal foi encaminhado para a sede da DHPP em Cuiabá, onde deveriam prestar interrogatório. Diante das perguntas da polícia, os dois se mantiveram em silêncio.
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Durante as oitivas, os advogados apresentaram o aparelho celular que Elenice utilizava na época do crime. Aos policiais foi informado que Aníbal não está mais com o antigo celular.
Segundo o delegado Nilson Farias, responsável pelo caso, o comportamento do casal é mais um indício de que eles são realmente os mandantes do assassinato.
Segundo a DHPP, a morte foi encomendada em razão de uma disputa judicial por uma fazenda localizada na cidade de Paranatinga e estimada em R$ 100 milhões.
A investigação apontou que a área está em posse da família há cerca de vinte anos, mas havia um questionamento em relação ao título de propriedade da fazenda.
O casal acreditava que poderia perder as terras em razão de uma suposta proximidade entre o advogado e o magistrado responsável por decidir a questão. Então eles decidiram mandar executar Roberto Zampieri.
O casal está em liberdade por ordem da Justiça, mas são monitorados com tornozeleira eletrônica.
O caso
Roberto Zampieri foi morto no dia 5 de dezembro de 2023, na porta do seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Segundo a Polícia Civil, o irmão de Aníbal teria perdido uma propriedade por determinação da Justiça e, em determinado momento, as terras dele próprio se tornam alvo de disputa.
Temendo uma suposta influência de Zampieri junto a juízes, o casal decidiu encomendar a morte do advogado.
Outros três envolvidos no crime foram indiciados pela polícia e denunciados pelo Ministério Público: o coronel do exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que seria o financiador do crime; Antônio Gomes da Silva, o executor; e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, o intermediário. Os três estão presos em Cuiabá.