JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
A principal hipótese investigada pela Polícia Civil é de que a execução do advogado Roberto Zampieri, morto na noite de terça-feira (05), no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, tenha ligação com alguns dos casos recentes em que ele atuou.
De acordo com o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Zampieri trabalhava com vários casos de repercussão estadual, alguns até mesmo considerados ‘perigosos’ e que tinham vultuosas quantias de valores envolvidas.
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“A linha principal de investigação é envolvendo a sua atividade laborativa, pois o seu escritório de advocacia tinha causas muito vultosas. Então todas as causas que estavam sendo tramitadas ali vão ser analisadas, vão ser analisados qualquer tipo de suspeito”, declarou o delegado.
O delegado acredita que o advogado não estava sendo ameaçado. Zampieri tinha um carro blindado, mas não fazia uso do veículo no dia e as imagens mostram que ele saiu tranquilamente do escritório, sem observar se alguém o espreitava.
“Isso demonstra que lá atrás talvez possa ter tido algum tipo de sentimento de ameaça, mas atualmente, até pela forma que ele sai do escritório, ele não sai demonstrando ser uma pessoa que está com receio de ser executada”, explica Nilson Farias.
O crime
O advogado Roberto Zampieri foi executado com 9 tiros na noite dessa terça-feira (06), enquanto saía do escritório, no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Vídeos de câmeras de segurança flagraram o crime.
Nas imagens é possível ver a Fiat Toro do advogado estacionada na Rua Topázio. Quando o advogado, que está usando uma camisa branca, entra no veículo e é seguido pelo bandido, todo de preto, que se aproxima e atira várias vezes.
Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, o criminoso usou um isopor em cima da arma para abafar os disparos.
O bandido fugiu após o crime e ainda não foi localizado.