LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO
Em entrevista ao , o advogado Júlio Cesar Lopes da Silva, que representa a defesa da família de Rodrigo Claro, 21, que era aluno da turma de formação de soldados do Corpo de Bombeiros, e morreu cinco dias após de ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por passar mal no treinamento de atividades aquáticas da corporação, declarou em entrevista ao , que tem relatos de outros alunos afirmando que foi cometida uma série de excessos, que resultaram até em fraturas e que a tenete BM Izadora Ledur submeteu Rodrigo à várias sessões de afogamento, na Lagoa Trevisan, em Várzea Grande, no dia 11 de novembro.
"Ela [tenente investigada] cuspia na cara dos alunos, jogava água na cara e humilhava as alunas”, revelou o advogado.
Segundo o advogado, os alunos relataram que a tenente Izadora Ledur tinha postura desrespeitosa e agressiva tanto com homens quanto com mulheres do curso. "Ela cuspia na cara dos alunos, jogava água na cara e humilhava as alunas”, revelou.
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"O que os instrutores entendem como um treinamento mais rígido, os alunos entendem como abuso. Todos que falaram comigo afirmaram que houve excesso, houve os caldos. Agora, o que resta é a gente ajudar a investigação a apontar qual é o nível desse abuso, qual o nível desse excesso. Até porque pode ser apenas uma lesão corporal, um assédio moral ou mesmo uma tortura”, ressaltou o advogado.
"Existem depoimentos que afirmam que durante o curso, os alunos foram empurrados, que os alunos foram arrastados e que alguns acabaram machucando no pulso. Teve aluno que teve até fraturas", relatou.
Jane Claro, mãe do jovem que morreu no dia 16 de novembro, afirmou à imprensa que o filho estaria sofrendo eperseguição por parte da tenente. À imprensa, ela relatou que antes de ir para o treinamento, no dia 11, o filho lhe encaminhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp dizendo que estava com medo das atividades porque a tenente estaria lá. Na última mensagem, o filho lamentou não ter conseguido completar o treinamento. Em seguida, ele teve duas convulsões e foi internado na UTI do Hospital Jardim Cuiabá.
Ao , o advogado da família frisou que os excessos, relatados pelos alunos, teriam sido praticados por outros responsáveis pelo treinamento.
"Existem depoimentos que afirmam que durante o curso, os alunos foram empurrados, que os alunos foram arrastados e que alguns acabaram machucando no pulso. Teve aluno que teve até fraturas. Existem vários pontos que precisam ser apurados. O que alguns alunos me falaram que a princípio, houve abusos não só da tenente Izadora, mas também como todos o corpo de instrutores. O que aconteceu com Rodrigo foi ápice. O pior das consequências. Ele foi a morte. Espero que cada um, seja responsabilizado pela sua culpa”, afirmou Silva.
O advogado contou que caso for comprovado que houve indícios de abusos, por parte da tenente, a família entrará com um pedido para que ela seja judicialmente responsabilizada.
"O que alguns alunos me falaram que a princípio, houve abusos não só da tenente Izadora, mas também como todos o corpo de instrutores".
“Nós vamos acompanhar o caso para que a Justiça seja feita e que os culpados paguem por aquilo que cometeram. No entanto, a expulsão da tenente da corporação, depende das regras jurídicas do Corpo de Bombeiros”, pontua.
O jurista conta que as oitivas estão sendo realizadas com testemunhas do ocorrido e diz que vídeos e imagens do treinamento também serão analisados ao longo da apuração. "Tudo será analisado para que a verdade apareça".
Promoção barrada
Na última terça-feira (22), o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Júlio Cézar Rodrigues comunicou à imprensa, que a corporação decidiu suspender a promoção, a capitão, da tenente Izadora Ledur, acusada de perseguir e torturar o aluno Rodrigo Claro.
A promoção da tenente ocorreria no dia 2 de dezembro, mas o comandante afirmou que a corporação decidiu esperar o resultado do Inquérito Policial Militar (IPM), que apura os fatos da morte do aluno.
“A tenente Ledur é 1º tenente e já estava concluindo seu interstício à promoção por antiguidade ao posto de capitão bombeiro militar. O processo de promoção não estava concluído. A comissão de promoção de oficiais, que é quem processa todas as promoções na corporação, decidiu aguardar o resultado do Inquérito Policial Militar para poder proceder a promoção da tenente. Caso não vislumbre nada, ela não terá prejuízos porque passamos por ressarcimento de promoção. Mas por hora, a promoção da tenente está suspensa”, explicou o comandante geral.
O caso
No dia do treinamento, Rodrigo queixou-se de dor de cabeça durante a realização das aulas. O aluno realizava uma travessia a nado na lagoa e quando chegou à margem informou o instrutor que não conseguiria terminar a aula.
Em seguida, segundo os bombeiros, ele foi liberado e retornou ao batalhão e se apresentou à coordenação do curso para relatar o problema de saúde. O jovem foi encaminhado a uma unidade de saúde e sofreu convulsões.
O rapaz ficou em coma até a madrugada do dia 16 de novembro, quando foi confirmada sua morte.
Diante disso, a família do aluno acusa a tenente de tortura e aponta omissão de socorro da corporação em relação ao mal-estar que Rodrigo sentiu ainda na Lagoa Trevisan.
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Rosinha 26/11/2016
Essa mulher é LOUCA tem que ser demetida. São fortes as acusações. Se o curso de formação é salvar vidas, ela estava completamente fora do eixo NÃO sabe ensinar. Procure outra profissão porque nessa não se adaptou.
2 comentários