JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT
O coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de financiar a execução do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá, ficou em silêncio durante depoimento. Ele foi preso na manhã dessa segunda-feira (15), em Belo Horizonte (MG), e a polícia já pediu sua transferência para Cuiabá.
O homicídio foi registrado no dia 5 de dezembro, no bairro Bosque da Saúde, na capital mato-grossense. Nesta segunda, a Polícia Civil de Mato Grosso prendeu temporariamente o coronel do Exército, que foi deletado por outros dois envolvidos na morte. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
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Ao RepórterMT, o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que já foi feito o pedido para que Etevaldo Caçadini seja trazido para Cuiabá. Ele deve passar por audiência ainda nesta semana, que vai decidir sobre a transferência.
De acordo com o delegado, a localização do militar aconteceu após o executor, Antônio Gomes da Silva, e o intermediário, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, terem delatado o envolvimento dele em seus depoimentos.
Etevaldo Luiz teria pago a quantia de R$ 20 mil para que Antonio cometesse o crime. O combinado era que repassasse mais R$ 20 mil para Antonio depois, o que não chegou a acontecer.
"Os dois executores entregaram ele (coronel). O coronel entregou R$ 20 mil e entregaria mais R$ 20 mil após o homicídio", explicou Farias.
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Etevaldo já foi subsecretário em uma das pastas do governo de Minas Gerais. Ele foi nomeado em janeiro de 2019 para chefiar a Subsecretaria de Integração de Segurança Pública do Estado. Em setembro do mesmo ano, o coronel da reserva foi exonerado do cargo a pedido.
Atualmente, ele atuava como diretor de uma empresa especializada em treinamentos na área de segurança.
Etevaldo também foi homenageado pela Câmara Municipal de Belo Horizonte. Na Casa de Leis, ele ganhou o Título de Cidadania Honorária na cidade, no dia 12 de setembro de 2022.
Ele se junta a Maria Angélica Caixeta Gontijo, mandante do crime, ao executor, Antônio Gomes da Silva, e ao intermediário, Hedilerson Fialho Martins Barbosa. Estes dois últimos foram os responsáveis por deletar o envolvimento do militar.
Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro, quando deixava seu escritório.