DO REPÓRTERMT
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o investigador Jeovanio Vidal Griebel, envolvido na morte do idoso João Antônio Pinto, de 87 anos, ocorrida no mês de fevereiro deste ano, na região do Contorno Leste, em Cuiabá.
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O procedimento instaurado na Corregedoria-Geral imputa a Jeovanio as supostas práticas de homicídio, falsidade ideológica, improbidade administrativa, além de diversas infrações administrativas.
A Corregedoria determinou ainda o afastamento do servidor das atividades operacionais, devendo o policial atuar apenas em atividades estritamente administrativas, além do recolhimento da arma de fogo e a proibição de utilização de viatura, até a completa apuração dos fatos nas esferas administrativa e criminal.
Todas as condutas relacionadas aos fatos estão sendo apuradas, inclusive, os motivos que levaram o investigador e uma equipe policial até o local onde ocorreu a morte.
O inquérito policial instaurado na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para apuração criminal está em estágio avançado e prossegue para a fase final, aguardando apenas laudos periciais requisitados à Politec-MT, que apontarão se houve a prática de um crime ou se o homicídio foi em razão de legítima defesa.
A Corregedoria-Geral acompanha as diligências desde o registro da ocorrência e todas as demais fases da investigação criminal, que possuem ampla capacidade de coleta de provas, as quais são necessárias para compor e instruir a fase disciplinar.
Relembre o caso
De acordo a Polícia Civil, investigadores foram até a propriedade para intimar o idoso em decorrência de vários boletins registrados contra ele. Ao se aproximar da casa, João Antônio teria sacado uma arma de fogo e atirado contra a equipe. Um dos investigadores reagiu, dando início ao confronto.
Na troca de tiros, o idoso acabou baleado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Entretanto, a família do idoso contesta a versão.
Segundo a advogada da família, Gabriela Zaque, o idoso chegou em sua residência e flagrou dois homens instalando uma cerca. A área em questão havia sido invadida em fevereiro do ano passado e a família vinha buscando uma decisão judicial para reintegração de posse.
A advogada acredita que pode ter acontecido uma discussão entre eles, mas que, em seguida, o idoso foi em direção à sede da propriedade. Depois de meia hora, três veículos da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes com seis agentes chegaram ao local.
Um dos homens que estava erguendo a cerca, identificado como Elmar Soares Inácio, telefonou para o cunhado, o policial civil Jeovanio Vidal Griebel, e disse que havia sido ameaçado de morte pelo idoso.
Os seguranças que trabalhavam na propriedade do idoso foram revistados e orientados a não informar da chegada dos veículos descaracterizados. Eles obedeceram, acreditando que se tratava de uma operação policial.
Em seguida, os policiais foram em direção ao galpão onde o idoso estava com o caseiro da propriedade. Os policiais chegaram gritando e já com a arma em punho. O caseiro obedeceu, mas João Pinto não ouviu o que eles tinham dito, pois tinha problema de audição.
A versão dos policiais é que o idoso teria sacado uma arma e os agentes de segurança teriam agido em legítima defesa, o que a advogada da família da vítima nega. João Pinto tinha autorização inclusive para circular nas ruas com armas, mas a perícia constatou que a arma que estava com ele no momento de sua morte sequer chegou a ser engatilhada.
JOSE 03/05/2024
Se o delegado nao autorizou a intimação , é totalmente ilegal e todos que foram na propriedade deve ser punidos com o rigor da lei
Paulo 03/05/2024
Esse policial tem que ser exonerado
2 comentários